Aurora
Se alguém tivesse me dito um mês atrás que eu estaria na Itália, grávida de um cara que parecia ter saído de um catálogo de moda mafiosa, acomodada numa mansão que parecia cenário de filme...
Eu teria rido até chorar. Ou só chorado mesmo, dependendo do dia.
Mas ali estava eu.
No quarto de hóspedes — porque, segundo Giovanni, precisávamos "tomar as coisas com calma".
Provavelmente ele achava que eu poderia explodir hormonalmente se dividíssemos a cama.
O quarto era maior do que meu antigo apartamento inteiro.
Tinha uma cama enorme, cortinas pesadas que pareciam ter pertencido a algum palácio da realeza, e uma varanda com vista para o tipo de pôr do sol que deveria vir com trilha sonora de filme romântico.
Suspirei, observando os travesseiros alinhados com precisão e o edredom que parecia mais um abraço de veludo. Eu não sabia nem por onde começar. Para piorar a situação, eu estava com um humor péssimo. Não por causa do meu recém-descoberto estado de grávida (ok, isso também esta