Giovanni
Tudo o que eu queria naquela noite era dormir. Só isso. Depois do dia mais insano da minha vida — Alessandro Romano me ameaçando no meio da estrada, Aurora me fazendo chorar feito uma criança no consultório da obstetra —, tudo o que eu desejava era um pouco de paz, um colchão macio e oito horas sem pensar nos problemas que batiam à minha porta.
Mas ao me aproximar do corredor, o pressentimento me acertou como um soco.
A porta do meu quarto estava aberta. E não de um jeito normal — estava escancarada, como se tivesse sido chutada.
Franzi o cenho. Na minha casa, portas abertas à noite não eram um bom sinal.
Dei dois passos até o batente e, quando vi o que estava dentro, achei que tinha entrado numa dimensão paralela.
O quarto estava... destruído.
E eu não estou exagerando. Era como se um furacão, um bando de gatos selvagens e talvez um enxame de vespas raivosas tivessem decidido fazer uma festa conjunta no meu espaço sagrado.
O abajur estava no chão, partido em dois. A colcha d