14

Aurora

Acordei no meio da madrugada com a boca mais seca que deserto em tempo de seca. Literalmente, parecia que eu tinha comido meia tonelada de sal e esquecido de tomar água. Me remexi na cama, tentando ignorar, mas não teve jeito: a sede falou mais alto.

Resmungando baixinho, me arrastei para fora dos lençóis e comecei minha jornada heroica até a cozinha. A casa estava silenciosa, com uma penumbra sinistra que deixava tudo com uma vibe de filme de terror. Eu nem queria pensar no tanto de filme ruim que já vi começando assim: a garota burra que decide investigar um barulho no meio da noite. Pois é, prazer, Aurora.

Estava andando, pé ante pé, pelo corredor quando, ao passar pela porta entreaberta do quarto de Giovanni, meu olho curioso — ou fofoqueiro, dependendo do ponto de vista — captou algo estranho. Parei. Pisquei. Pisquei de novo.

Tinha uma mulher sentada nos pés da cama dele. Pernas cruzadas, toda elegante, como se estivesse desfilando numa passarela invisível no meio da madru
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