Na manhã seguinte, o terreno onde a escola seria erguida estava tomado por martelos, sacos de cimento e vozes que se misturavam num barulho vivo.
Callum e dois voluntários mediam as laterais da fundação. Ele usava um boné claro, e o sol fazia pequenos fios dourados brilharem no cabelo preso. Quando me viu, ergueu a prancheta e fez um gesto pra que eu me aproximasse.
— Quer ver como vai ficar? — perguntou, estendendo a planta aberta.
Cheguei perto, e ele apontou cada detalhe com cuidado: a porta principal, duas janelas largas, um espaço ao fundo que poderia virar depósito ou biblioteca improvisada.
— Aqui vai ter prateleiras — explicou, tocando a borda do desenho. — E aqui, mesas alinhadas. A gente pode fazer bancos grandes pras crianças sentarem juntas.
— Vai ficar lindo — falei, sentindo um nó na garganta.
— Vai — disse ele. — Porque é pra você.
Ele ergueu o olhar devagar, e eu soube que não era só a escola de que ele estava falando.
No refeitório, Deborah reunia um grupo de voluntár