O dia começou com o cheiro de pão fresco vindo do refeitório. Quando saí do alojamento, vi Deborah conversando com dois homens ao lado do galpão. Os papéis que ela segurava se agitavam no vento, mas ela parecia tão firme quanto sempre.

June apareceu do meu lado, prendendo o cabelo num coque.

— Hoje tem movimento — comentou, seguindo meu olhar.

— Alguma coisa importante — murmurei.

— Tudo aqui é importante ultimamente — disse ela, e sorriu.

Fomos até lá. Quando chegamos perto, Deborah ergueu o rosto.

— Bom dia — disse ela, a voz tranquila. — Queria que vocês escutassem isso também.

Os homens assentiram em silêncio. Um deles, que eu lembrava ter vindo com a equipe de reconstrução militar, segurava um envelope grosso.

— Recebemos uma proposta — começou Deborah. — O governo estadual quer usar esse terreno como modelo pra outras vilas de recomeço. Se aceitarmos, vão enviar mais recursos, materiais e até pessoal técnico. Mas… — Respirou fundo. — Também vão querer supervisão. Vão querer cont