O céu amanheceu limpo, como se tivesse decidido celebrar com a gente. Quando saí do contêiner, o pátio fervilhava de gente carregando caixas, montando bancas, pregando cartazes coloridos nos postes improvisados.
Deborah estava no meio da confusão, apontando para um grupo que desembalava toalhas de tecido.
— A banca de geleias vai do lado da de bolos! — gritava, com a prancheta erguida. — E a do café fica perto da entrada, pra quem chegar sentir o cheiro logo!
June surgiu do outro lado equilibrando duas placas escritas à mão: SUCO NATURAL e PÃO FRESCO. O cabelo preso num coque bagunçado, a testa suada, mas o sorriso iluminado.
— Tá se divertindo? — perguntei, me aproximando.
— Muito — respondeu ela. — E você ainda acha que isso não vai dar certo?
— Acho que vai ser lindo — falei, com a voz embargada.
Ela só me olhou e assentiu. Não precisava dizer mais nada.
Enquanto as bancas iam tomando forma, Callum se aproximou com as chaves na mão. O coração disparou antes mesmo que ele dissesse q