Toda ação gera uma reação, todo ato tem sua consequência independente dela ser boa ou ruim. Tudo o que vai, volta e vice versa. Nada foi planejado e esse ato descuidadoso teve uma consequência que atingiu todos em cheio. Ela não sabia o que fazer e ele não queria alguém que não amava, mas pensassem nisso antes de qualquer coisa. Ambos se aturam, um odeia o outro, por achar que um destruiu a vida do outro. Eles não sabem se controlar, ela se machuca e ele não sabe como voltar atrás, talvez seja tarde ou talvez não. Ainda há esperança, esperança que os une para todo o sempre.
Leer másIREI POSTAR ESTA HISTÓRIA EM UMA PLATAFORMA EM INGLÊS.
******************************— Por favor Samantha, semana passada você prometeu que iria comigo.—diz Becca sentando-se ao meu lado na minha cama de casal.— Eu sei que prometi, só que agora não quero ir mais.—tento lhe explicar, o que seria bem difícil, porque uma vez que ela quer alguma coisa, ela nunca desiste daquilo que quer.— Então me diz o por que de não querer ir mais? Se você me der uma explicação válida, plausível e convincente, paro de encher o saco e desisto de ir.—diz ela. Na verdade não tenho uma explicação, um motivo real. Apenas não quero ir, nunca me dei bem nesses tipos de festas, por que sempre acabo bebendo demais e cometo alguma burrada que no final me arrependo e faz com que meu pai pire de vez.— Não estou me sentindo bem, é apenas isso.—minto e recebo seu olhar duvidoso.— Não sei por quê ainda não achei isso convincente.—diz minha amiga irônica.— Você não vai desistir mesmo, não é Becca?—digo e solto um breve suspiro.— Nunquinha!—ela ri fazendo-me revirar os olhos.— Tudo bem.—digo por fim e ela saltita.— O quê? Sério?—pergunta ela animada.— Sim Rebecca, eu vou nesse porcaria de festa! Está satisfeita agora?—digo para ela enquanto levanto-me da cama em direção ao banheiro.— Hellôou meu bem, estou mais que satisfeita.—diz ela pulando em cima de minha cama parecendo uma criança.— Para com isso e agora me dê licença para eu me arrumar.—falo antes de fechar a porta do banheiro, logo atrás de mim.— E quem disse que quero ver você nua? Se toca Samantha e aliás, eu vou para o quarto do gostoso do seu irmão me arrumar lá.—ela grita.— Poupe-me dessas coisas okay? Não quero saber disso!—grito de volta ouvindo ela rir enquanto b**e a porta do meu quarto.Conheci Becca quando tinha oito anos e ela dez, depois disso não nos separamos mais. Ela é uma ótima garota, tem uma ótima personalidade e sempre está comigo nos momentos que mais preciso e acho que também sou da mesma maneira com ela, Becca atualmente se pega com meu querido e único irmão, Sean. Eles têem uma química inegável e sei que mesmo eles não sendo realmente namorados, ambos se gostam de verdade e desejo que um dia desses eles fiquem juntos logo de vez..Depois de terminar meu banho, enrolo-me numa toalha e vou até meu closet, e sinceramente não sei o que vestir, sou péssima em escolher roupas e com certeza deveria ter pedido minha amiga para escolher algo para eu usar.Por fim acabo por escolher um vestido vermelho colado, que é alguns centímetros acima do joelho, mas nada vulgar. O decote dele não é tão grande e deixa o tamanho certo para meus seios, as alças são um pouco caídas no ombro e sinto-me confortável com ele. Visto um Scarpin da mesma cor e decido deixar meu cabelo loiro solto, faço alguns cachos nas pontas e o solto, deixando eles baterem até minha cintura, decido por passar uma maquiagem leve e antes de sair pego meu iPhone e minha bolsa-carteira.Segundos depois, já estou batendo na porta do quarto de Sean chamando por Rebecca, que diz já estar pronta e nada, o que me deixou mais impaciente.— Becca eu irei contar até três, e se você não sair dai, juro que desisto de ir com você!-digo alto e ouço Sean resmungar.— Já estou indo garota!—grita ela fazendo-me revirar os olhos.— 1, estou falando sério! 2, deixa pra comer o Sean depois...—antes de chegar ao três à porta é aberta. Sean está sem camisa exibindo suas tatuagens e creio eu que o papai nem sonha com a existência delas.— Deixa o papai ver essas tatuagens Sean.—digo.— Fala sério! Até você maninha?—diz ele sorrindo de lado.— Só estou dizendo lindinho, mas chega de papo e por favor Rebecca vamos logo...—choramingo para minha amiga que tem os braços ao redor da cintura de Sean.— Claro e aliás, você está uma gata em Samantha. Tenho certeza de que hoje você desencalha!—ela diz rindo.— Nem a pau que você vai sair assim Sam!—diz meu irmão implicando ao reparar em minha roupa.— Você não manda em mim e Becca eu não estou encalhada. Não namoro por que não quero, pretendente é o que não me falta. Simples assim.—digo.— E quem são esses gaviões atrás de você? O pai sabe disso?—questiona Sean.— Se toca garoto, eu já cresci.—falo convencida.— Cresceu mas, não sabe nada o que se passa na cabeça de um homem.—ele diz.— Ainda bem que não sei, afinal da cabeça de vocês só devem ter merda. E quer saber? Fui, te espero lá embaixo Becca.—digo levemente irritada com todo aquele papo. Sean têm as mesmas manias do nosso pai, mania de querer me proteger de tudo e eles já deveriam saber que algum dia terei que me machucar, para saber sobreviver diante de tudo. Os amo por isso, eles e Becca são tudo o que tenho desde que mamãe morreu, sempre que preciso meu irmão e minha melhor amiga estão aqui para mim, não importa o que aconteça.— Não devia ser grossa com ele.—diz Becca o defendendo, assim que desce a escada.— Eu sei. Apenas não gosto dessa proteção toda, as vezes sufoca demais.—confesso chateada.— Entendo, mas quando chegar fala com ele. O Sean te ama muito, assim como eu.—ela diz e em seguida lhe dou um abraço.— Eu sei, desculpa.—digo baixo.— Tudo bem, agora vamos por que estamos atrasadas.—ela diz.— Por culpa sua, aliás.— digo a ela.— Larga de ser chata e vamos logo.— diz e sai me arrastando porta á fora até seu carro preto, como ela mesma o chama: "Moose" e vai entender o por quê disso.As coisas com meu pai eram no mínimo estranhas. Mesmo após ele contar que este tempo em que ficou sumido por causa da minha mãe, e que só me forçou a casar com Jordan para manter as aparências e ninguém desconfiar, ainda não me descem. Porque lembro de cada palavra, de cada frase que ele me disse e também me recordo do lixo que me sentia, pois papai era meu heroi e eu o amava muito, porém ainda me sentia desconfortável quando ele estava por perto de mim. Sean agia normalmente, conversava com ele e claro, nunca houve atrito entre ambos. Mas meu irmão estava ali para mim, sempre que Cameron parava para falar comigo ou estava próximo, Sean também ficava e eu era imensamente grata por isso.Hoje todos se encontravam em meu apartamento, Susan e Emma organizaram um almoço aqui e convidaram todos, até mesmo meus pais. Eu estava sentada no sofá, com Jane em meus braços enquanto a amamentava, Emma estava ao meu lado conversando sorridente e eu podia ver, o quanto minha cunhada estava radiante,
Os dias que se seguiram, foram de encontros e desabafos com minha mãe. Porém meu foco estava em meus filhos, e em como os queria longe daquele hospital e bem perto de mim, em nossa casa, no quartinho que havia preparado para eles. Neste momento, eu estavaa sentada na cadeira de rodas, de frente para a sala da UTI Neonatal onde eles se encontravam, os olhava atraves da grande janela de vidro. Meu coração doia ao vê-los naquela situação, principalmente o Dylan, pois ele foi o que mais se machucou nesta história toda. Meus olhos se enchem de lagrimas toda vez que os vejo, mas preciso engolir o choro e me recuperar o quanto antes para assim, poder lutar por eles, por minha familia.— Imaginei que fosse te encontrar por aqui.— olhei por cima do ombro, e vi Ethan, meu médico se aproximar.— O único lugar onde posso ver meus filhos.— falo e ele suspira.— Estava esperando Jordan retornar, porém irei te avisar antes — ao escutá-lo, meu coração se acelera — A pequena Jane está ótima, então ela
Alguns dias haviam se passado desde aquele encontro. Eu ainda estava tentando absorver tudo — como se meu coração precisasse de tempo pra organizar os sentimentos que vieram todos de uma vez.Ellen, ou melhor… minha mãe, estava escondida em um lugar seguro. A decisão foi unânime entre ela e meu pai. Por mais que seu rosto não fosse tão conhecido publicamente, o risco de alguém reconhecê-la ainda existia. E qualquer mínima exposição poderia ser perigosa, tanto pra ela quanto pra nós.Durante esses dias, eu fiquei indo e voltando, visitando-a com calma. Tentando construir uma nova ponte entre nós duas. Uma que não existia, mas que agora, de alguma forma, precisava ser erguida.Mas ainda faltava uma peça. Uma parte importante de tudo isso.Sean.Ele sabia que eu queria lhe apresentar alguém, ficava sempre me perguntando do que se tratava e por eu nunca falar tudo o que precisava no momento, ele se irritava e me deixava falando sozinha. Mas depois com um pouco mais de jeito, ele simplesme
Fiquei em silêncio por alguns segundos depois que ela terminou. Olhava pra ela, mas ao mesmo tempo parecia que minha mente ainda estava longe, tentando assimilar cada pedaço dessa história que me foi arrancada por tantos anos.Eu compreendia. No fundo, compreendia. Mas compreender não significava que não doía. Meus braços continuavam cruzados, como se fosse meu último escudo entre mim e tudo aquilo que estava desmoronando — ou se reconstruindo — dentro de mim.— Você viveu… tudo isso... sozinha? — perguntei, finalmente quebrando o silêncio, ainda com a voz baixa. — Todos esses anos? — ela assentiu, e uma tristeza profunda passou pelo rosto dela.— Sozinha, sim… mas nunca vazia — respondeu, com um meio sorriso triste. — Eu carreguei você, o Sean, o Cameron... cada um de vocês, todos os dias. Mesmo quando me escondia em cidades onde ninguém sabia meu nome. Mesmo quando tinha que mudar de aparência, de casa, de história. — ela caminhou até a poltrona mais próxima e se sentou devagar, com
Ela estava ali. Na minha frente. E mesmo depois de tudo o que ouvi, de tudo o que meu pai me contou, meu coração ainda resistia a aceitar que aquela mulher era ela. Minha mãe. A mulher que eu passei anos chorando, idealizando, enterrando e desenterrando em lembranças.Ellen.Ela parecia menor do que nas minhas memórias de criança, mais frágil… mas havia algo nos olhos dela que me prendeu. Talvez fosse o medo. Ou a culpa.Eu cruzei os braços, tentando controlar a confusão que explodia dentro de mim. Não queria parecer fraca. Não queria deixar transparecer o quanto tudo aquilo estava me abalando.— Então… você é mesmo ela. — soltei, tentando manter a voz firme, mesmo que meu coração batesse rápido demais.Ela assentiu, devagar. O olhar dela não se desgrudava do meu, como se cada segundo ali fosse precioso — ou decisivo.— Eu entendo se você me odiar — disse ela, com a voz baixa. — Eu passei cada dia desses anos imaginando esse momento. E em todos eles, o medo de você me rejeitar… me con
Estava ainda em choque com o que meu pai acabara de me contar. As palavras dele ecoavam na minha cabeça como se fossem parte de um pesadelo do qual eu não conseguia acordar. Minha mãe está viva. Como assim? Depois de todos esses anos acreditando que ela tinha morrido... depois de tantas noites chorando por ela, sentindo sua ausência como um buraco que nada preenchia… ela simplesmente estava viva?Meus pensamentos estavam embaralhados, meu peito apertado. Era como se uma avalanche de emoções tivesse caído sobre mim de uma só vez — e eu não soubesse nem por onde começar a escavar. Parte de mim queria correr, gritar, questionar tudo. Outra parte queria se encolher, esconder o rosto e simplesmente fingir que isso não estava acontecendo.Eu não queria ter que lidar com isso agora. Não quando tudo dentro de mim exigia força, estabilidade. Eu precisava ser um porto seguro para os meus filhos, mesmo antes deles nascerem. Eles sentem o que eu sinto, e eu não podia deixar esse turbilhão me cons
Último capítulo