Mundo de ficçãoIniciar sessãoToda ação gera uma reação, todo ato tem sua consequência independente dela ser boa ou ruim. Tudo o que vai, volta e vice versa. Nada foi planejado e esse ato descuidadoso teve uma consequência que atingiu todos em cheio. Ela não sabia o que fazer e ele não queria alguém que não amava, mas pensassem nisso antes de qualquer coisa. Ambos se aturam, um odeia o outro, por achar que um destruiu a vida do outro. Eles não sabem se controlar, ela se machuca e ele não sabe como voltar atrás, talvez seja tarde ou talvez não. Ainda há esperança, esperança que os une para todo o sempre.
Ler maisNa manhã seguinte, Jordan e eu corremos para o hospital. Susan se prontificou em ficar com Jane, já que Emma não respondia e nem atendia minhas chamadas. Dr Ethan havia nos ligado dizendo que Dylan teria alta da UTI Neonatal e ficaria 24 horas em observação, e se tudo caminhasse bem, no dia seguinte ele teria alta daquele hospital.Não pensei duas vezes ao chamar Jordan para me ajudar a levantar e me ajudar no banho - eu ainda tinha certas limitações devido o acidente, onde cai a ex surtada do meu marido, me empurrou da escada, durante o final da minha gestação - e em menos de 10 minutos, saimos de casa, assim que minha sogra chegou.Usando muletas, adentrei as portas que foram abertas por meu marido e caminhamos até a recepção, a enfermeira Caisy já nos conhecia e assim que nos viu, nos entregou as carteirinhas de visitantes e liberou nossa entrada. Fomos para a sala de Ethan, e ele já foi nos recepcionando sorridente e eu fiz o mesmo. Menos Jordan, ele ainda não engolia o médico a n
As coisas com meu pai eram no mínimo estranhas. Mesmo após ele contar que este tempo em que ficou sumido por causa da minha mãe, e que só me forçou a casar com Jordan para manter as aparências e ninguém desconfiar, ainda não me descem. Porque lembro de cada palavra, de cada frase que ele me disse e também me recordo do lixo que me sentia, pois papai era meu heroi e eu o amava muito, porém ainda me sentia desconfortável quando ele estava por perto de mim. Sean agia normalmente, conversava com ele e claro, nunca houve atrito entre ambos. Mas meu irmão estava ali para mim, sempre que Cameron parava para falar comigo ou estava próximo, Sean também ficava e eu era imensamente grata por isso.Hoje todos se encontravam em meu apartamento, Susan e Emma organizaram um almoço aqui e convidaram todos, até mesmo meus pais. Eu estava sentada no sofá, com Jane em meus braços enquanto a amamentava, Emma estava ao meu lado conversando sorridente e eu podia ver, o quanto minha cunhada estava radiante,
Os dias que se seguiram, foram de encontros e desabafos com minha mãe. Porém meu foco estava em meus filhos, e em como os queria longe daquele hospital e bem perto de mim, em nossa casa, no quartinho que havia preparado para eles. Neste momento, eu estavaa sentada na cadeira de rodas, de frente para a sala da UTI Neonatal onde eles se encontravam, os olhava atraves da grande janela de vidro. Meu coração doia ao vê-los naquela situação, principalmente o Dylan, pois ele foi o que mais se machucou nesta história toda. Meus olhos se enchem de lagrimas toda vez que os vejo, mas preciso engolir o choro e me recuperar o quanto antes para assim, poder lutar por eles, por minha familia.— Imaginei que fosse te encontrar por aqui.— olhei por cima do ombro, e vi Ethan, meu médico se aproximar.— O único lugar onde posso ver meus filhos.— falo e ele suspira.— Estava esperando Jordan retornar, porém irei te avisar antes — ao escutá-lo, meu coração se acelera — A pequena Jane está ótima, então ela
Alguns dias haviam se passado desde aquele encontro. Eu ainda estava tentando absorver tudo — como se meu coração precisasse de tempo pra organizar os sentimentos que vieram todos de uma vez.Ellen, ou melhor… minha mãe, estava escondida em um lugar seguro. A decisão foi unânime entre ela e meu pai. Por mais que seu rosto não fosse tão conhecido publicamente, o risco de alguém reconhecê-la ainda existia. E qualquer mínima exposição poderia ser perigosa, tanto pra ela quanto pra nós.Durante esses dias, eu fiquei indo e voltando, visitando-a com calma. Tentando construir uma nova ponte entre nós duas. Uma que não existia, mas que agora, de alguma forma, precisava ser erguida.Mas ainda faltava uma peça. Uma parte importante de tudo isso.Sean.Ele sabia que eu queria lhe apresentar alguém, ficava sempre me perguntando do que se tratava e por eu nunca falar tudo o que precisava no momento, ele se irritava e me deixava falando sozinha. Mas depois com um pouco mais de jeito, ele simplesme
Fiquei em silêncio por alguns segundos depois que ela terminou. Olhava pra ela, mas ao mesmo tempo parecia que minha mente ainda estava longe, tentando assimilar cada pedaço dessa história que me foi arrancada por tantos anos.Eu compreendia. No fundo, compreendia. Mas compreender não significava que não doía. Meus braços continuavam cruzados, como se fosse meu último escudo entre mim e tudo aquilo que estava desmoronando — ou se reconstruindo — dentro de mim.— Você viveu… tudo isso... sozinha? — perguntei, finalmente quebrando o silêncio, ainda com a voz baixa. — Todos esses anos? — ela assentiu, e uma tristeza profunda passou pelo rosto dela.— Sozinha, sim… mas nunca vazia — respondeu, com um meio sorriso triste. — Eu carreguei você, o Sean, o Cameron... cada um de vocês, todos os dias. Mesmo quando me escondia em cidades onde ninguém sabia meu nome. Mesmo quando tinha que mudar de aparência, de casa, de história. — ela caminhou até a poltrona mais próxima e se sentou devagar, com
Ela estava ali. Na minha frente. E mesmo depois de tudo o que ouvi, de tudo o que meu pai me contou, meu coração ainda resistia a aceitar que aquela mulher era ela. Minha mãe. A mulher que eu passei anos chorando, idealizando, enterrando e desenterrando em lembranças.Ellen.Ela parecia menor do que nas minhas memórias de criança, mais frágil… mas havia algo nos olhos dela que me prendeu. Talvez fosse o medo. Ou a culpa.Eu cruzei os braços, tentando controlar a confusão que explodia dentro de mim. Não queria parecer fraca. Não queria deixar transparecer o quanto tudo aquilo estava me abalando.— Então… você é mesmo ela. — soltei, tentando manter a voz firme, mesmo que meu coração batesse rápido demais.Ela assentiu, devagar. O olhar dela não se desgrudava do meu, como se cada segundo ali fosse precioso — ou decisivo.— Eu entendo se você me odiar — disse ela, com a voz baixa. — Eu passei cada dia desses anos imaginando esse momento. E em todos eles, o medo de você me rejeitar… me con





Último capítulo