Os dias seguintes foram de silêncio tenso. A rotina na mansão continuava inalterada — reuniões, telefonemas, vigilância constante —, mas havia algo diferente no ar. Um cheiro de pólvora ainda não disparada. Um pressentimento de que algo se aproximava.
Valentina mantinha a compostura, mas dentro dela, tudo fervia.
Giulia Romano agora era mais que um obstáculo: era uma ameaça viva, com uma dívida de sangue antiga. E como filha de Leonardo Vitale, não era apenas uma mulher ressentida — era herdeira de um legado de ódio.
Valentina precisava saber até onde ela estava disposta a ir.
Na manhã de quarta-feira, Francesca entrou no quarto com o celular na mão e expressão cerrada.
— Temos um problema — disse ela, sem rodeios. — Giulia.
— O que ela fez?
— Comprou ações majoritárias da empresa de fachada usada pelo grupo de segurança dos Moretti em Gênova. E fez isso por meio de uma empresa de Hong Kong. Ou seja, fez parecer que foi um investidor asiático, mas na verdade é ela.
Valentina l