Cinco dias após a destruição dos centros de contingência, o mundo já não era o mesmo.
As quedas de sinal em regiões inteiras geraram apagões de mídia. Redes sociais foram temporariamente silenciadas. Plataformas de busca perderam indexação. Programas de notícias ficaram horas fora do ar. Milhões de pessoas começaram a questionar, pela primeira vez em anos, o que realmente sabiam.
E então, vieram os vazamentos.
Os documentos extraídos por Valentina — detalhando o controle genético, manipulação judicial, e o código de previsão comportamental — foram publicados em mídias independentes. E, apesar da censura, se espalharam como fogo entre fóruns clandestinos, transmissões pirateadas e rádios de resistência.
Na Índia, estudantes tomaram universidades.
Na Espanha, jornalistas se demitiram ao vivo, revelando scripts prontos enviados por “consultores externos”.
No Brasil, servidores públicos denunciaram manipulações no sistema de pontuação social emergente.
O mundo despertava. E estava