O chalé nos Alpes estava em silêncio. O tipo de silêncio que precede o terror.
Era madrugada quando o alerta soou. Um estalo no sensor térmico da entrada lateral. Depois, outro no telhado.
Enzo acordou primeiro. Rolou da cama com instinto de soldado. Pegou a arma silenciosa, olhou pelo visor digital da janela. Três figuras avançavam sorrateiras pela neve, encapuzadas, treinadas.
— Temos visita — sussurrou.
Valentina estava acordando, atordoada.
— Quem?
— Mercenários. Mas não os comuns.
Enzo ligou o canal de emergência no pulso. Francesca atendeu imediatamente, mesmo a quilômetros dali.
— Equipe fantasma detectada — disse ele. — Operação limpa. Sem comunicação. Vêm para matar, não capturar.
— Tem certeza?
— Um deles usa o mesmo padrão da equipe que tentou me eliminar em Marselha.
Francesca não hesitou.
— Siga o protocolo Obsidiana.
Valentina empalideceu.
— Obsidiana? O plano de evacuação suicida?
— O plano de desaparecimento — corrigiu Francesca. — Você vai morrer. Ofici