O relógio marcava 18h47 quando Valentina entrou no Hotel Eden. O saguão era luxuoso, discreto, com flores frescas e uma música ambiente quase imperceptível. A recepcionista apenas a cumprimentou com um leve aceno. Ela sabia que Matteo Bianchi já havia providenciado tudo.
Francesca estava em uma suíte no andar de cima, com binóculos táticos, microfone direcional e acesso direto à escuta escondida no colar de Valentina. Qualquer coisa fora do esperado, ela agiria.
Valentina subiu sozinha. Suas mãos estavam frias, mas seus passos, firmes.
No 8º andar, parou diante da porta 808. Bateu uma vez. A fechadura eletrônica piscou em verde. Matteo estava esperando.
Ela entrou.
O ambiente era sofisticado e quase silencioso, com luzes indiretas e uma garrafa de vinho aberta sobre a mesa. Matteo usava roupas casuais, mas sua expressão era tudo, menos relaxada.
— Achei que não viria — disse ele, servindo duas taças.
— Eu cumpro compromissos. Mesmo os arriscados.
Ele sorriu.
— Isso torna você