A caravana seguia pela trilha ancestral que margeava as encostas do Vale de Brathen, uma região coberta por névoa espessa e pinheiros que dançavam ao vento como sentinelas milenares. Aedan conduzia o grupo à frente, os olhos atentos, os sentidos aguçados como os de um lobo à espreita. A estrada era silenciosa demais, como se a própria terra estivesse prendendo a respiração. Era o segundo dia de viagem, e mesmo com os mapas de Elena e a experiência de Kaela, o terreno parecia mudar de forma, como um labirinto moldado por memórias esquecidas.
— Esse vale está diferente do que me lembrava — murmurou Elena, observando os contornos apagados das montanhas ao longe. — Como se algo o tivesse... consumido por dentro.
— Não é a geografia que mudou — disse Kaela, os olhos fixos nas árvores. — É a energia. Alguém ou algo passou por aqui recentemente. E deixou um rastro de silêncio.
Malrik puxou seu cavalo mais para perto. — Silêncio demais sempre me incomodou. Prefiro monstros rugindo na mata a e