Valentina não era mais a garota que Dante conheceu no início do contrato.
Ela não recuava. Não se calava. E, mais importante, agora ela sabia exatamente onde doía.
Nos dias que se seguiram, os dois começaram uma dança perigosa — cada um tentando provar que detinha o controle da situação. Uma guerra fria, travada com olhares afiados, silêncios calculados e estratégias sutis. E ainda assim... a tensão sexual entre eles parecia crescer como um incêndio silencioso.
Na reunião do conselho da empresa, Valentina chegou primeiro, impecável num terninho branco, a maquiagem leve realçando sua confiança. Quando Dante entrou na sala, todos os olhos se voltaram para ele — inclusive os dela.
Mas dessa vez, ela não sorriu.
— Senhor Marini — ela cumprimentou com frieza, o tom quase cortante.
— Senhora Marini — ele respondeu, com um meio sorriso que não alcançava os olhos.
Durante toda a reunião, ele a testou. Fez perguntas incisivas, expôs relatórios antes que ela pudesse apresentá-los, e interrompeu