A recepção ainda pulsava com risos, música e brindes, mas, para Valentina e Dante, o tempo já parecia correr em outro ritmo. Um ritmo que pertencia apenas a eles dois.
Quando se despediram dos últimos convidados — em meio a abraços, desejos de felicidade e flashes que eternizavam cada segundo —, Dante segurou a mão de Valentina e a levou, quase em silêncio, até o carro que os aguardava. Seus olhos se encontraram, e não foi necessário dizer absolutamente nada. Ambos sabiam exatamente para onde aquela noite os conduziria.
O caminho até o hotel parecia diferente. Como se a cidade, normalmente apressada e barulhenta, entendesse que aquela noite era sagrada e se curvasse, silenciosa, diante deles.
Dentro do carro, Dante segurava a mão de Valentina com força, como se precisasse daquele contato físico para se manter no presente, para se assegurar de que, sim, tudo aquilo era real. Seus polegares acariciavam o dorso da mão dela em movimentos lentos, quase reverentes.
— “Estamos casados...” —