Na empresa, o clima também mudava. Ela estava ganhando aliados. Dois membros do conselho haviam se aproximado discretamente, elogiando sua nova postura firme, dizendo que, se ela assumisse a presidência sozinha, a reputação da empresa subiria. A conversa vazou — e Dante ficou sabendo.
E seu contra-ataque veio com sutileza.
No evento de gala beneficente naquela noite, ele a buscou em casa, como nos velhos tempos. Estava lindo em um terno preto impecável, barba feita e olhos tão intensos quanto perigosos.
Valentina hesitou, mas entrou no carro.
Durante o evento, ele foi o marido perfeito. Gentil, charmoso, atencioso... e propositalmente envolvente. A cada foto, ele a tocava na cintura. A cada taça de champanhe, murmurava algo perto demais do ouvido dela. Aos olhos dos outros, eles eram o casal do ano. Mas Valentina sabia: aquilo era um jogo.
Ele estava usando a imagem pública deles como uma armadilha. E a pior parte?
Funcionava.
Quando Dante a puxou para uma dança, ela já estava desarma