O som mais bonito do mundo, para Valentina, não era mais o tilintar de taças em uma sala de reuniões, nem o barulho do teclado enquanto fechava um contrato milionário. Não.
O som mais bonito, agora, era aquele que preenchia seu lar nas manhãs: o suave balbuciar, seguido de risadinhas e pequenos grunhidos doces de uma vida que ela e Dante haviam colocado no mundo.
No colo de Valentina, aninhada contra seu peito, estava Aurora.
Aurora Marini.
Tão pequena. Tão perfeita. Tão absurdamente linda que parecia ter sido desenhada à mão pelo próprio universo.
A bebê dormia serena, com os lábios levemente entreabertos, as bochechas gordinhas e rosadas. Os cílios longos, escuros, repousavam contra a pele clarinha. E os cabelos... ah, os cabelos! Uma nuvem de fios pretos, lisos e brilhantes, que faziam todos os que a viam comentarem, encantados: “Ela é a cara da mãe...”.
Mas quem olhasse com atenção notava também a expressão determinada — aquele franzir sutil das sobrancelhas, aquele queixo ligeira