Era estranho como certas coisas permaneciam com você, mesmo dias depois. Desde que Amber o levara às ruínas do antigo lar, Benjamin não conseguia parar de pensar naquela casa. Não apenas pela beleza nostálgica do lugar ou pelas histórias doces que ela havia contado, mas pelo que aquele espaço significava para ela — e, agora, para ele também.
Amber não sabia, mas naquela mesma noite ele começou a fazer ligações. Primeiro, com seu advogado. Depois, com um cartório da região. O processo para descobrir a situação legal da propriedade não foi exatamente simples, mas seu sobrenome ainda abria portas. E, nesse caso, serviu de chave para mais do que ele esperava. Na tarde seguinte, Benjamin saiu sozinho, sem dizer nada a Amber. Não queria criar expectativas. Afinal, poderia dar em nada — e prometer algo que não se pode cumprir era um tipo de dor que ele não desejava entregar a ela. Estacionou o carro na cidadezinha vizinha, onde ficava o cartório de regis