A luz do amanhecer atravessava as cortinas do quarto de Amber quando ela abriu os olhos. A sensação era estranha — mistura de entusiasmo com inquietação. Sua mala já estava meio pronta: tecidos cuidadosamente dobrados, cadernos de rascunhos, agulhas, botões, um estojo de lápis de cor gastos, todos testemunhos do sonho que ela estava prestes a seguir.
Amber desceu para o café da manhã e encontrou Benjamin já à mesa, mexendo no celular com expressão séria. Ao vê-la, ele rapidamente sorriu, como se disfarçasse.
- Bom dia, formanda favorita do universo.
- Bom dia. E essa cara de quem está tramando?
- Eu? Nada - respondeu, tentando parecer despreocupado. - Estava vendo os horários da visita à faculdade. Você vai amar o campus, Amber. É enorme, tem um prédio só pra moda, com ateliês, salas de criação, biblioteca especializada. A Carla vai pirar também.
Amber sorriu, tentando se empolgar, mas seus pensamentos ainda oscilavam entre o futuro promissor e o medo que insistia em cutucar