Amber acordou cedo naquela manhã. O quarto do alojamento universitário ainda tinha cheiro de tinta fresca, misturado com os resquícios da caixa de papelão onde ela organizava suas roupas. O lençol novo amassado, o pôster que colara na parede torto, a mochila aberta com cadernos novos e canetas coloridas... Era como se a vida estivesse sendo reescrita em tons pastéis e esperança.
Apesar do cansaço da mudança e da saudade que começava a apertar, ela estava feliz. Caminhou até o banheiro coletivo, onde viu Carla escovando os dentes animadamente. — Dormiu bem? — Carla perguntou com a boca cheia de espuma. — Melhor do que imaginei. — Amber sorriu, ajeitando o cabelo. — Parece que tudo está, enfim, se encaixando. Mais tarde, após as primeiras aulas introdutórias, Amber estava sentada no gramado central da universidade, comendo um sanduíche ao lado de Carla. O sol batia nas folhas das árvores, criando um brilho dourado sobre os es