Amber não dormiu naquela noite.
As cartas, os documentos, o nome de Rosa Martins gravado no testamento... era como se uma nova porta tivesse sido escancarada diante dela, revelando mais um pedaço do quebra-cabeça que a vida havia espalhado com brutalidade. Na manhã seguinte, acordou cedo, se vestiu discretamente e desceu as escadas com passos leves. Benjamin ainda dormia, o envelope guardado com segurança na escrivaninha dele. Mas ela já havia feito cópias dos documentos. Não precisava mais pedir permissão. Pela primeira vez, sentia que podia tomar as rédeas da própria história. Pegou um táxi até a escola onde estudava — a mesma que sempre foi prisão e palco de seus piores dias. Agora, era o cenário onde ela pretendia virar o jogo. Ao entrar pelos portões, os olhares voltaram-se para ela. Alguns com surpresa, outros com desdém. A notícia de que ela estava sob guarda da família Willivam havia corrido rápido, assim como os boatos de que ela agora ti