CAPITULO 41

O telefone tocou.

Corri em direção a ele como se cada segundo fosse uma punhalada nas minhas costelas. Mas antes que eu conseguisse alcançar o aparelho, o detetive Rodrigo Díaz me parou na hora.

—Escute, Lombardi —ele avisou—. Você já sabe como agir. Tente alongar a conversa o máximo possível. Disso vai depender que a gente localize os sequestradores.

Assenti, respirei fundo e levantei o fone.

—Alô.

—Você está sozinho? —perguntou uma voz do outro lado da linha.

—Sim —respondi simplesmente, sem mexer um músculo.

—Você já sabe o motivo da minha ligação. Vou direto ao assunto —disse a voz com um tom sarcástico.

—Quanto você quer? —perguntei sem hesitar, ignorando o que Díaz tinha me pedido.

—Perfeito! —respondeu o sequestrador com um riso irritante—. Gosto assim: ágil e disposto.

—Só me diga… quanto você quer? —murmurei, arrastando as palavras como se cada sílaba queimasse minha garganta
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