O telefone tocou.
Corri em direção a ele como se cada segundo fosse uma punhalada nas minhas costelas. Mas antes que eu conseguisse alcançar o aparelho, o detetive Rodrigo Díaz me parou na hora.
—Escute, Lombardi —ele avisou—. Você já sabe como agir. Tente alongar a conversa o máximo possível. Disso vai depender que a gente localize os sequestradores.
Assenti, respirei fundo e levantei o fone.
—Alô.
—Você está sozinho? —perguntou uma voz do outro lado da linha.
—Sim —respondi simplesmente, sem mexer um músculo.
—Você já sabe o motivo da minha ligação. Vou direto ao assunto —disse a voz com um tom sarcástico.
—Quanto você quer? —perguntei sem hesitar, ignorando o que Díaz tinha me pedido.
—Perfeito! —respondeu o sequestrador com um riso irritante—. Gosto assim: ágil e disposto.
—Só me diga… quanto você quer? —murmurei, arrastando as palavras como se cada sílaba queimasse minha garganta