Mundo de ficçãoIniciar sessãoTudo pode mudar de um momento para o outro, e eu sou prova disso. Minha história talvez não seja fácil de acreditar, mas não é simples aceitar que uma jovem tenha ficado grávida sendo virgem, certo? Pois esse foi o meu caso. Aos meus dezoito anos, moro com Isabel, minha mãe, e meus avós, Alonso e Rebeca, junto com minha filha Emily, a quem chamamos carinhosamente de Mily. Ainda não consigo entender como fiquei grávida, mas quando vejo o rostinho da minha pequena, tenho certeza de que, se pudesse voltar no tempo, não mudaria absolutamente nada. Faria tudo o que estivesse ao meu alcance por Mily, meu pequeno milagre inesperado. Meus avós e minha mãe ficaram muito irritados com essa notícia, especialmente o vovô Alonso, que não parava de dizer que a história se repetia. No entanto, a história da minha mãe está muito longe de ser igual à minha. Ela teve um relacionamento, um amor adolescente, do qual eu fui o resultado: outra decepção para a família Mendoza.
Ler maisPara a família Lombardi, as coisas voltam, aos poucos, ao seu ritmo. A pequena Emily já recebeu alta, e Helios melhora gradualmente. Os médicos começam a interromper o sedativo para que ele desperte, já que seu quadro apresenta nítida melhora.— Tudo isso é pra mim? — pergunta Emily, emocionada ao ver os presentes dos avós. — Obrigada!— Mily, a vovó Isabel vai levar você pra casa. Eu vou te buscar mais tarde. Sua tia Gabrielle precisa de ajuda, e, neste momento, não pode ficar sozinha.— Tá bom, mamãe… mas promete que você vem me buscar, que vai ler uma história pra mim e que eu vou dormir com você?Gabrielle me explicou que isso pode acontecer. Emily talvez regresse em seu desenvolvimento e fique com alguma sequela do sequestro. Se para um adulto é traumático, para uma menina de apenas seis anos, o panorama não é muito melhor. Para a pequena Mily, já se passaram três longas semanas de pesadelos intermináveis.— Claro que sim, minha princesa linda. Esta noite — e todas as que você qu
O amanhecer está próximo. Ele dorme tranquilo, e isso me acalma muito. Artemis, apesar da nossa conversa de ontem à noite, não consegue se livrar da culpa. Apoio a cabeça em seu peito quente; suas batidas, mesmo depois de tanto tempo, ainda são capazes de me encher de uma paz infinita. Paz. Uma paz de que, neste momento, preciso de verdade — mesmo que seja só por um instante.Tento me levantar com cuidado para não acordá-lo. Quando já estou quase saindo da cama, uns braços firmes me envolvem pela cintura e me puxam de volta.— Aonde você pensava ir?— Pensei que fosse dormir um pouco mais, meu príncipe gelado — digo com um sorriso coquete.— Ainda não respondeu, meu anjo.— Primeiro vou ver nossa pequena Lara, ela já deve estar com fome. Depois tomo um banho e vou para o hospital. Hoje dão alta para a Emily, e quero estar com a Gabrielle. Não quero deixá-la sozinha num momento desses.— Você tem razão. Eu vou com você.— Mas, Artemis...— Não, Ángela. Não me peça para ficar aqui. Eu p
Gabrielle se pergunta como explicar às crianças o que está acontecendo com Helios. Elas insistem, perguntam de novo e de novo onde está o pai.— Helios… — sussurra, encostando as costas na parede fria do corredor do hospital.— Gabrielle.Ela ergue o olhar. Procura com os olhos quem a chamou.— Sra. Valentina — murmura, sem forças.— Filha, descanse — diz a mulher, se aproximando. — Você está aqui desde a noite passada e boa parte do dia.— Não vou embora — responde Gabrielle, firme.— Esta manhã, as crianças me perguntaram por você e por Helios. Estão preocupadas. Os gêmeos são pequenos, mas mesmo assim não param de perguntar. E a Selene… já é mais velha. Não para de fazer perguntas sobre o pai. Ontem à noite, dormiu na sua cama.— Sol…— Solecito é uma menina muito madura — diz Valentina, com um sorriso triste. — Você é psicóloga. Acho que pode explicar às crianças… especialmente à Selene… o
Tabita corre com a arma apontada para Artemis.Ao ouvir o grito de Ângela, o moreno gira sem hesitar e sai em sua direção.— Você não vai fazer isso! — grita uma voz atrás dela.Helios se joga sobre a loira, pega-a de surpresa, imobiliza-a com um movimento brusco e arranca a arma de suas mãos.— Tira as mãos de mim, idiota! — ela grita, se debatendo.— Nem nos seus sonhos — responde Helios, apertando o agarre com mais força.Um tiro ecoa no ar.O loiro se contrai. Uma mancha carmesim se espalha por suas costas. Ele cai de joelhos e solta Tabita, desabando lentamente no chão.Ela recua imediatamente, livrando-se do peso do corpo dele. Ofega. Tem os olhos arregalados.— Você o matou? — murmura, encarando o corpo inerte no chão.— Agora não importa — diz Edward, surgindo do meio da fumaça. — Vamos. Se não sairmos daqui, morremos carbonizados.— Mas, Edward… o dinheiro. Não podemos ir sem
— Artemis.Chamo por ele, sem esperar resposta. Ele não precisa de uma ordem para saber que devo ir até o laboratório abandonado.— Que merda...?!— Vá se foder com seu sinal, Artemis. Não vou deixar você sozinho nisso — dispara Helios, saindo do carro com passos firmes.Ele já não espera. Antes de chegar, hesitou, quis uma indicação, mas a paciência nunca foi seu forte. E a incerteza o consome. Para Helios, o silêncio é pior que o perigo.— Tão difícil esperar? — pergunto, frustrado. Sua imprudência me irrita, mas também me inquieta.— Deixa de besteira — responde sem me olhar. — Essa gente não joga pelas suas regras. Eles não vão tremer ao encher seu corpo de buracos.Ignora meu reproche e avança em direção à porta do prédio principal. A estrutura está consumida pelo fogo do passado, os anos fizeram seu trabalho: paredes rachadas, tetos desabados, cheiro de madeira queimada e metal enferrujado.Murmuro uma maldição entre dentes e o sigo. Não posso deixá-lo ir sozinho, mesmo que seja
—Senhor, por que estamos aqui? —perguntou um homem mais velho vestindo um terno preto.—Não se preocupe, velho Albert. Vir até aqui faz parte do meu plano.—Não entendo, senhor. Ryan disse a mesma coisa, mas não vejo como isso pode funcionar. Este lugar só trouxe desastres.—O desastre deste lugar se chamava Luciano Lombardi. E graças ao ressentimento de uma mulher ferida e magoada, começou a se tecer a vingança perfeita para que o sangue Lombardi finalmente corresse.—Isso não vai terminar bem, senhor. Vingança nunca traz nada de bom —comentou o idoso com tom preocupado. Tinha um mau pressentimento sobre o que estava prestes a acontecer ali.—Luciano Lombardi foi um traidor, e achou que poderia enterrar tudo embaixo do tapete e fingir que jamais existiu.---*Flashback*Frederick Cruz era um homem ambicioso, e todos sabiam exatamente a que tipo de negócios ele se dedicava. Ele próprio não se dava ao trabalho de esconder.Luciano Lombardi era um jovem italiano que não tomou as melhore
Último capítulo