Gabrielle se pergunta como explicar às crianças o que está acontecendo com Helios. Elas insistem, perguntam de novo e de novo onde está o pai.
— Helios… — sussurra, encostando as costas na parede fria do corredor do hospital.
— Gabrielle.
Ela ergue o olhar. Procura com os olhos quem a chamou.
— Sra. Valentina — murmura, sem forças.
— Filha, descanse — diz a mulher, se aproximando. — Você está aqui desde a noite passada e boa parte do dia.
— Não vou embora — responde Gabrielle, firme.
— Esta manhã, as crianças me perguntaram por você e por Helios. Estão preocupadas. Os gêmeos são pequenos, mas mesmo assim não param de perguntar. E a Selene… já é mais velha. Não para de fazer perguntas sobre o pai. Ontem à noite, dormiu na sua cama.
— Sol…
— Solecito é uma menina muito madura — diz Valentina, com um sorriso triste. — Você é psicóloga. Acho que pode explicar às crianças… especialmente à Selene… o