— Artemis.
Chamo por ele, sem esperar resposta. Ele não precisa de uma ordem para saber que devo ir até o laboratório abandonado.
— Que merda...?!
— Vá se foder com seu sinal, Artemis. Não vou deixar você sozinho nisso — dispara Helios, saindo do carro com passos firmes.
Ele já não espera. Antes de chegar, hesitou, quis uma indicação, mas a paciência nunca foi seu forte. E a incerteza o consome. Para Helios, o silêncio é pior que o perigo.
— Tão difícil esperar? — pergunto, frustrado. Sua imprudência me irrita, mas também me inquieta.
— Deixa de besteira — responde sem me olhar. — Essa gente não joga pelas suas regras. Eles não vão tremer ao encher seu corpo de buracos.
Ignora meu reproche e avança em direção à porta do prédio principal. A estrutura está consumida pelo fogo do passado, os anos fizeram seu trabalho: paredes rachadas, tetos desabados, cheiro de madeira queimada e metal enferrujado.
Murmuro uma maldição entre dentes e o sigo. Não posso deixá-lo ir sozinho, mesmo que seja