A música começava a mudar o ritmo, assumindo tons mais cerimoniosos. Os tambores cessaram, e uma flauta grave e melodiosa tomou o espaço, anunciando a chegada de figuras importantes. A multidão se virou, respeitosa, quando um pequeno cortejo desceu as escadarias de mármore do palácio.
— Quem são eles? — sussurrou Clarice, puxando Nara pelo braço.
— Ah… — Nara endireitou os ombros, animada. — Os filhos da rainha.
À frente do grupo vinha um homem alto, cabelos castanhos escuros e olhos dourados. Seu porte era digno de um príncipe de guerra — havia algo felino em sua movimentação, como se dançasse mesmo ao caminhar. Vestia roupas formais de Arkhadia, mas seu olhar avaliador pousou diretamente sobre Clarice por um segundo mais demorado.
— Aquele é Kaelion, o primogênito. Guerreador. Frio como neve e intenso como fogo. — Nara sorriu. — E ali estão os gêmeos, Erien e Elian — apontou para dois jovens loiros de sorrisos idênticos — e o caçula, Syren. O mais gentil deles, e estudioso das estre