Os anos correram como água de rio, ora serenos, ora turbulentos, mas sempre seguindo em frente, esculpindo margens e abrindo novos caminhos. Thunderwoof floresceu.
A vila que antes carregava cicatrizes profundas de batalhas e perdas agora ostentava muralhas reforçadas, erguidas com pedra cinza e madeira tratada, capazes de resistir ao tempo e aos inimigos. Casas foram ampliadas, ganhando varandas cobertas por heras e janelas com flores que mudavam de cor a cada estação. As ruas, antes silenciosas e marcadas pelo peso da sobrevivência, agora viviam repletas de movimento — crianças corriam entre lobos patrulheiros, gargalhando, enquanto o som metálico das marteladas do ferreiro se misturava ao farfalhar das árvores ao vento.
O cheiro era de vida — de pão fresco saindo do forno comunitário, de couro curtido para novas armaduras, e do mato recém-cortado nas áreas de treino. Ao fundo, o uivo distante de um lobo solitário lembrava que, apesar de tudo, a natureza seguia sua própria cadência.