Perspectiva de Clarice Winsper
"Quem um dia pensaria que eu, Clarice Winsper, seria a Luna de Thunderwoof… mãe, companheira, e guardiã de um legado?"
Se me dissessem isso anos atrás, eu teria rido. Ou talvez ficado em silêncio — como sempre fiz. Porque durante muito tempo, a única verdade que conheci foi a dor de perder, a solidão de não pertencer, e a sensação sufocante de ser invisível mesmo diante de tantos olhos.
Fui a menina que cresceu entre cinzas.
A órfã que aprendeu a se encolher para caber nos espaços onde a queriam.
A ômega sem lobo que ninguém queria por perto, mas que todos queriam humilhar.
Eu conheci o frio do desprezo.
Eu senti o peso de trabalhar até as mãos sangrarem para, no final, ainda ser chamada de “menos”.
E, por muito tempo, acreditei que era exatamente isso que o destino tinha para mim: sobreviver… e nada mais.
Mas a Deusa, silenciosa e paciente, esperou o momento certo para me provar que estava errada.
Ela me levou ao fundo para que eu pudesse ver a luz.
E,