Ponto de vista de Rafaella Bianchi.
O apartamento estava mergulhado em um silêncio denso, cortado apenas pelos ruídos suaves do mar ao longe e pelo sussurro do vento que entrava pela varanda. Rafaella embalava Máximo em seus braços, o corpo pequeno e quente aninhado contra seu peito. Ele dormia tranquilo, com o semblante sereno de quem ainda não conhecia as dores do mundo.
Ela passou os dedos pelos fios finos de cabelo dele, tentando conter a avalanche de sentimentos que a engolia desde o momento em que Salvattore cruzou aquela porta. A imagem do rosto dele, o som da voz que ela conhecia como parte de si mesma, ainda martelavam em sua mente como um eco constante. O beijo... O tapa... As palavras carregadas de dor, de verdade, de amor.
Como se decide entre o perdão e a autopreservação?
Ela inclinou-se e deixou um beijo demorado na testa do filho. Havia uma calma indescritível em tê-lo nos braços, como se Máximo fosse seu porto seguro em meio à tempestade. Foi por ele que ela resistiu