Aron observava pai e filho como se estivesse vendo um milagre diante de seus olhos. O silêncio denso era cortado apenas pelo som das pequenas respirações de Máximo, adormecido no colo de Salvattore.
Com um suspiro contido e expressão terna, Aron se aproximou, estendendo os braços com cuidado.
— Me dá ele... — pediu em voz baixa. — Vou levá-lo pro quartinho. Vocês dois têm assuntos pendentes demais pra resolver aqui na sala.
Salvattore hesitou por um segundo, como se entregar o filho fosse abrir mão da única âncora que o mantinha inteiro. Mas, por fim, passou Máximo com todo o cuidado para os braços de Aron, que ajeitou o bebê contra o peito com uma leve reverência de respeito.
— Vou deixá-lo confortável. A porta tá aberta — informou, e seguiu pelo corredor.
Quando ele desapareceu no quarto, um silêncio cruel tomou conta do ambiente. Salvattore virou-se para Rafaella, que o encarava com uma mistura de mágoa, resistência e um amor sufocado demais para ser ignorado.
Ele deu um passo.
Dep