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Capítulo 7 – O Peso da Escolha

POV Salvattore Bianchi

Estava prestes a sair da sala de jantar quando ouvi os passos. Rápidos, firmes, determinados.

Rafaella entrou.

O ambiente inteiro mudou com a presença dela.

Ela estava impecável. Vestia algo simples, mas carregava uma aura que me fez prender a respiração. O olhar frio, o semblante sereno, a calma que precede uma tempestade.

Erich imediatamente se levantou da cadeira, alarmado pela expressão da irmã.

— Rafa... tá tudo bem? — ele perguntou.

Ela o ignorou por um segundo. Ou talvez estivesse reunindo forças para não tremer.

— Minhas malas estão prontas — disse, como quem assina uma sentença. — Vou voltar pro Brasil. Quero terminar o ensino médio lá. Com os meus avós.

Silêncio absoluto.

Matteo encarou Erich, confuso. Eu apenas congelei no lugar.

— Como assim? — Erich perguntou, franzindo o cenho. — Por que essa decisão agora? A gente pode conversar, resolver isso aqui.

— Não tem conversa, Erich — ela respondeu, ainda sem levantar o tom. — Eu pensei muito. E é o que eu quero. Preciso de distância. De mim, de vocês, dele.

Foi aí que ela finalmente olhou pra mim.

E por Deus… eu juro que preferia uma bala no peito.

Os olhos dela não carregavam raiva. Carregavam decepção. E isso doía mais do que qualquer fúria.

— Rafaella… — dei um passo à frente, mas ela ergueu a mão, me silenciando.

— Salvattore, não quero promessas. Não quero desculpas. E muito menos sua culpa. Quero que entenda que isso não é drama. É autopreservação. Você me beijou… me fez acreditar… e, no instante seguinte, apareceu com o fantasma de outra mulher do seu passado.

— Não foi assim…

— Foi exatamente assim — cortou, ainda firme. — E eu não sou idiota. Nem santa. Eu sei o tipo de mulher que passa pela sua cama. Mas eu não sou uma delas. Nunca fui. E não vou me permitir virar mais uma página da sua história suja.

Senti meu peito apertar. Um vazio me tomando por dentro.

— Então é isso? Vai fugir?

Ela sorriu, sem humor.

— Isso é um teste, Salvattore. — Se aproximou, olhando nos meus olhos como se fosse a última vez. — Se você realmente me ama… se o que sente por mim for verdadeiro… então vai esperar. Me deixe ir, me deixe viver minha vida, crescer, estudar… ser quem eu sou sem a sombra da sua dúvida ou da sua fama. Se daqui a dois anos você ainda me quiser… nós casamos.

— Casar? — engasguei, surpreso. — Você está falando sério? Se casaria mesmo comigo ?

— Totalmente — respondeu. — Porque se for amor… você vai esperar. Vai saber. Mas se não for… se for só desejo, só a vontade de me foder como você fez com todas as outras… então quando eu voltar, vai ser fácil seguir minha vida. E você vai saber que nunca me mereceu.

A última frase caiu como uma lâmina afiada na carne viva.

Erich parecia sem reação. Matteo olhava pra mim como se dissesse boa sorte pra consertar essa merda.

Rafaella respirou fundo. Ergueu o queixo, altiva, mesmo com os olhos brilhando de dor.

— Eu não sou sua fraqueza, Salvattore. Mas você pode escolher se quer que eu seja sua força.

E com isso… ela se virou e saiu da sala.

Deixando atrás de si um homem quebrado, entre o orgulho e o desespero. Entre o desejo de correr atrás e o medo de perdê-la de vez.

Mas uma coisa eu sabia.

Se o inferno fosse viver sem ela… então eu estava disposto a esperar o paraíso inteiro.

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