POV: Salvattore Bianchi
Saí do consultório com a alma completamente desarmada.
Era como se um novo mundo tivesse se aberto diante de mim e, pela primeira vez em toda minha vida, eu soubesse exatamente onde queria estar.
O som daquele coraçãozinho ainda ecoava nos meus ouvidos, como uma melodia que não cessava.
Rápido. Firme. Vivo.
Era o som da vida.
Do que construí com Rafaella. Do que, até pouco tempo atrás, eu jamais pensei que fosse merecer.
Abracei minha mulher no estacionamento como se quisesse guardá-la dentro do peito, protegê-la de tudo o que o mundo ainda poderia tentar fazer.
Aquela criança era mais do que nosso filho.
Era a nossa chance.
Era a redenção que eu nunca imaginei ter — e agora, não conseguiria viver sem.
Entrei no carro com ela, e no trajeto de volta fiquei em silêncio, dirigindo devagar, com a mão sobre a coxa dela, sentindo sua pele aquecer a minha.
Era uma felicidade inexplicável.
Era paz.
Meu celular vibrou no painel. O nome de Matteo iluminou a tela. Suspire