Ponto de vista de Matteo Bianchi
O cheiro de pólvora e ferrugem entrava pelas narinas como uma promessa. Promessa de sangue, de acerto, de fim. Matteo observava os homens se posicionarem em silêncio absoluto, como fantasmas deslizando pelas sombras do porto abandonado. À sua frente, Aron Lensky — o russo que agora partilhava da mesma sede de vingança — ajustava o detonador com precisão letal.
— Em três segundos — murmurou Aron com frieza, os olhos fixos na entrada do galpão.
Matteo assentiu. À sua direita, Salvattore respirava fundo, a mão firme na arma, mas o olhar distante, escuro, quase profético. Ao lado deles, Erich verificava os soldados como um maestro prestes a conduzir a última sinfonia da noite.
Três... dois... um...
A explosão rugiu como um trovão arrancado das entranhas da terra. O impacto fez o chão tremer e as chamas pintarem o céu noturno de laranja e cinza. Homens gritavam lá dentro, desorientados. Matteo não perdeu tempo — avançou com o rifle em punho, liderando o ata