O cheiro dela ainda estava no ar, mesmo depois de dias.
Era o que restava. O fio mais fraco de uma lembrança, misturado a cinzas e terra molhada.
Onde quer que eu passasse, a floresta parecia murchar, e o vento carregava meu nome de volta como um eco que não sabia descansar.
O poder que eu segurava por anos agora me atravessava em torrentes.
Não havia pausa, nem misericórdia, nem razão.
Desde que a arrancaram de mim, o fogo que vivia adormecido sob minha pele tomou forma própria. Ele não pedia mais permissão. Ele ordenava.
A primeira aldeia foi um acidente.
Ou talvez um aviso.
Os rastros do grupo que a havia levado terminavam ali — uma fronteira esquecida, feita de cabanas tortas e olhares desconfiados.
Pedi informações.
Mentiram.
Um dos caçadores humanos sorriu com ironia, segurando o gatilho de uma arma enferrujada, e o som do clique foi o que quebrou o resto de humanidade que ainda havia em mim.
O fogo veio com o grito.
Não foi intenção. Foi instinto.
As casas de madeira acenderam