A noite parecia finalmente ter encontrado descanso.
Pela primeira vez desde o início da guerra, as matilhas não rosnavam, não disputavam espaço, não se encaravam com medo ou ódio. Havia apenas um silêncio tenso e reverente, quebrado por uivos de honra, saudação e reconhecimento.
A vitória tinha chegado.
A lua tinha escolhido sua Luna.
As sombras tinham sido destruídas.
E eu, mesmo com o coração dividido, permaneci de pé ao lado de Danilo, aceitando saudações, reverências e votos de lealdade.
As matilhas começaram a se aproximar, oferecendo suas bandeiras, suas cores, seus guerreiros feridos. Pequenas fogueiras surgiram para tratar feridos, distribuir água. Alguns iniciaram cantos antigos, agradecendo à lua pela sobrevivência.
Parecia um começo.
Parecia paz.
Parecia… perigoso demais para ser real.
Eu senti isso primeiro.
Uma vibração estranha.
Um sussurro que a luz não reconhecia.
Um desvio na energia do círculo.
O poder recém-desperto dentro de mim ficou tenso, como se algo es