O sol nasceu tímido sobre a Ventos Sombrios, como se até mesmo a própria manhã tivesse medo de iluminar o luto que pairava sobre a alcateia. O cheiro do fogo da noite anterior ainda impregnava o ar, misturado às cinzas e às flores queimadas. Aquele dia amanheceu pesado, como se o mundo inteiro tivesse decidido respeitar o silêncio e a dor daquela perda.
Tommy estava parado diante da clareira, os olhos vermelhos de tanto chorar, a barba desgrenhada, o corpo pesado como se cada músculo tivesse perdido a força. A ausência de Camilla era um buraco no peito dele que nunca se fecharia, agora, sem o amor de sua vida ele nunca mais seria o mesmo, mas precisava juntar seus cacos, porque a alcateia que sua esposa tanto amava precisava dele.
Lyra e River se aproximaram, lado a lado, a expressão deles cheia de tristeza.
— Tommy… — Lyra chamou baixinho, com uma doçura triste. — Nós precisamos ir, viemos às pressas, nem avisamos Solomon e Petra.
O beta levantou o rosto, forçando um sorriso sem vida