ele se voltou para mim, seu rosto estava tenso. Seu corpo estava tremendo. Mas não foi isso que chamou minha atenção, olhei direito para sua virilha. Sua calça estava saltada para frente, mas não... Eu sabia que aquilo não era "calça" dele. Sua ereção estava grande, quase saltando para fora. Foi impossível não olhar para lá. Ele começou a se aproximar, eu tentei fugir. Mas era tarde, ele me prendeu contra a porta. - queria saber porque eu estava me escondendo, agora... Sabe. - sua voz estava gélida, arrepiou todos os pêlos que eu tinha. - eu mandei te darem um banho porque a merda desse seu maldito cheiro não sai da minha cabeça, eu ainda sinto como você estava excitada. Ainda sinto meu corpo quase quebrando por você. - ele apoiou as duas mãos ao lado da minha cabeça.
Ler maisEu era uma lupina, uma lobisomem de uma cidade distante. A cidade lupina, uma das grandes cidades onde todos os lupinos viviam. Do lugar de onde eu vinha, quando um jovem macho e uma jovem fêmea completavam treze anos, eles faziam o ritual de união. Era uma coisa mística, os jovens ficavam frente a frente de quem seria seu escolhido, após beber o sangue um do outro se eles se olhassem, e os olhos brilhassem, eles eram amantes. Aqueles que ficariam com eles pelo resto da vida. Eu já havia passado por isso, agora eu tinha dezessete anos e tudo o que eu sabia fazer era fugir. No dia que completei a idade do ritual e descobri quem era meu amante, meus pais me mandaram para o mundo humano junto com minha irmã, e desde então... Tudo que eu conseguia lembrar era do som dos meus pais morrendo, enquanto davam a chance para mim para minha irmã de conseguirmos fugir.
já faziam cinco anos que eu estava fugindo dele, cinco que eu havia fugido do macho que estava destinado a mim no dia do ritual de união. Tudo o que eu sabia agora sobre aquele macho, era que ele havia se tornado um alfa cruel e sanguinário, que matava quem o desobedecesse. aquela era a primeira vez, que tínhamos algum descanso das fugas depois de meses, parecia que o alfa havia desistido de me caçar. Me olhei no espelho, haviam algumas olheiras abaixo de meus olhos, eu estava cansada. Minha pele parda estava pálida, meus cabelos negros e ondulados estavam ressecados, e eu parecia muito mais magra do que o habitual. Tudo porque estava longe dele, a ligação de amantes lupinos era tão forte, que se ficassem longe um do outro tanto tempo quanto estávamos, o nosso corpo começava a sucumbir com a falta de sua presença. Ignorei isso, e saí do banheiro rapidamente. **** eu havia alugado uma casa para nós duas na suécia, era nas montanhas, um lugar bem escondido. Fui até o quarto, ver se Verônica ainda estava dormindo tranquila, mas quando lá entrei, meu coração acelerou. Ela não estava deitada. - Verônica? - eu a chamei. Mas ela não respondeu. assustada eu a procurei pela casa, mas não a encontrei. até que quando voltei até a sala, ela estava olhando pela janela. - Ve... o que aconteceu? - shh... eu... eu senti algo lá fora, Mallena. - eu fui até ela tocando em seu braço. - ei tá tudo bem, você só... Só tá nervosa com tudo ainda. ela me encarou e estava pálida. - não, tem algo lá fora Mallena. - assustada, eu senti os pêlos do braço arrepiarem. olhei para fora rapidamente, só dava para ver uma clareira. Mas então, eu tentei aguçar um de meus dons. A visão, encarei a floresta a frente e lá... Haviam dois enormes olhos nos encarando. assustada eu encarei Verônica. - pegue só as coisas necessárias, agora! - ela nem tentou retrucar. Correu até o quarto e pegou a mochila que eu sempre deixava pronta. nós duas saímos lentamente pelos fundos da casa, fomos até a garagem eu tentei abrir a porta. mas ouvi um som, rosnados. Eram vários deles, nós não conseguiríamos fugir. segurei Verônica. - vamos pela floresta agora, como treinamos... - mas... - só me obedeça. - ela assentiu e nós começamos a correr em direção a floresta. eu ouviu os rosnados deles atrás de nós. Tirei minha blusa e joguei para trás, deixando meu cheiro ali. Verônica fez o mesmo e jogou a blusa em uma direção diferente. logo nós ouvimos os rosnados se afastando e corremos ainda mais. Verônica estava ao meu lado, até que eu tropecei em uma ribanceira e cai morro a baixo. - MALLENA! - Verônica gritou. levantei lentamente, e notei que havia rasgado minha perna. Mas eu não pararia por isso. comecei a subir o morro juntando todas as minhas forças. mas quando cheguei lá em cima, a mochila de Verônica estava ali no chão, e ela havia sumido. - não, não, não! Merda. - eu falei baixinho. peguei a mochila. - Verônica! - mas ela não respondeu, me pus de pé pegando a mochila e voltando a andar. - aonde pensa que está indo? meus pêlos arrepiaram. A voz dele estava tão... Grave. Fazendo todo o meu corpo estremecer. me virei lentamente para trás. ele estava ali, mais alto do que eu me lembrava. seus braços definidos em volta de minha irmã. seus cabelos cinzentos suados enfrente ao rosto, e seus olhos âmbar brilhando enquanto ele me olhava. - me desculpa Malle. - Verônica disse chorando. - tá tudo bem Ve! - eu disse tentando sorrir. - que tal a gente acabar com isso, minha amante? - eu me encolhi e cospi no chão. - eu nunca serei isso para você. - ele sorriu. - vejo que você cresceu, está... Perfeita. - eu o encarei com nojo. - eu cansei de mandar pessoas incompetentes, e vim eu mesmo! Atrás do que me pertence! Você fugiu tempo demais. - eu ri com escárnio. - "o que me pertence"? Acho que você se emocionou um pouco. - ele riu novamente, apertando Verônica. - vamos embora. - eu não vou a lugar nenhum com você. - ele apertou o pescoço dela. - SOLTA ELA SEU MERDA! - fácil de resolver isso querida, venha comigo e pare com isso. - eu me encolhi encarando Verônica. - ótimo, eu vou com você! Mas... Deixa minha irmã em paz. - não! Não faz isso Malle! Ele a apertou novamente. - deixa ela ir e... Eu vou com você de bom grado. - ele franziu o cenho, um de seus licanos apareceu. Ficando ao seu lado, ele jogou Verônica nos braços dele. e se aproximou lentamente de mim, eu não abaixei a cabeça para ele. - eu conheço você Mallena... - você não sabe nada de mim, seu bastardo de merda. eu cospi em seus pés. uma veia saltou de sua testa. - ótimo, você quer ser tratada desta forma? Então você será. - ele me puxou para perto dele, me segurando pela cintura. Eu tentei me afastar, mas ele era forte demais. ele tocou meu queixo e sorriu. - como eu sei o modo que você pensa, eu vou levar sua irmãzinha querida! Apenas para que você... Não tente fazer novamente. - eu gritei contra seu rosto, me debatendo mas ele me prendeu contra seu corpo. - leve a menina até a cidade, e mande prepararem o ritual, Diga que encontrei o que me pertence finalmente. ele disse para seu beta, que logo obedeceu enquanto segurava minha irmã. - VERÔNICA! - MALLENA! - e então o beta abriu um portal em meio a floresta, e adentrou com minha irmã. Desaparecendo. ele segurou meu queixo e sorriu. - vamos para casa, amante querida.𝙼𝚊𝚕𝚕𝚎𝚗𝚊*Não sabia ao certo há quanto tempo nós havíamos nos separado, só sentia o cheiro de sangue e ouvia os gemidos quando o carro foi tombado. Eu estava me arrastando para o lado de fora, quando me escondi atrás de uma árvore. Só conseguia ouvir os gritos vindo da cidade lupina, os lupinos lutando a todo vapor. Coloquei minha perna de volta no lugar, e respirei fundo. - não é hora de ser fraca Mallena. - me coloquei de pé, sem dificuldade me transformei e corri até a batalha. **** 𝙳𝚊𝚒𝚔𝚊𝚗* Eu tinha perdido Mallena de vista, o carro onde ela estava havia sido atingido por uma rajada assim que nos aproximamos da cidade lupina. Aparentemente, aqueles infelizes estavam preparados. Pensei e sair e voltar até ela, mas a fêmea me mataria se eu desse para trás agora. E eu sabia que ele estava viva, enquanto arrancava a cabeça daqueles lupinos infelizes. Eu sentia. **** 𝙺𝚢𝚕𝚎*Mais
𝙴𝚕𝚊𝚒𝚍𝚎* Acordei ao lado de Victor durante alguns momentos, eu não sabia porque estava levando aquilo para frente. Mas estava. naquela manhã em específico. Levantei mais cedo, estava calçando as botas, quando ele acariciou minhas costas. - já vai tão cedo? - tenho coisas a fazer, e você também. - você vem, me usa e depois vai embora. - revirei os olhos com seu comentário irónico. - pelo o que sei, nós dois estamos aproveitando bastante. - me inclinei e o beijei. Mas o macho lentamente segurou meu rosto entre as mãos, e me fitou. - quero ir embora com você. Engoli em seco, franzindo o cenho. Não podia acreditar no que estava ouvindo. - o que...? - vamos embora juntos, para o mundo humano. Dane-se essa guerra, vamos fugir. - me empertiguei, e me pus de pé. Ele sentou-se prontamente, me encarando nervoso. - Victor... Você sabe que eu gosto de outro. - ele sorriu sem felicidade. - outro que nunca irá gostar de você. - engoli em seco. Ele se pôs de pé, e se aproximou segura
Estávamos deitados na cama, nus e suados após algumas longas horas de amor interminável. Ele estava ao meu lado, acariciando meus cabelos enquanto olhava em meus olhos. O fitei. - no que está pensando? - que eu gostaria de morar dentro de você. - sorri e bati em seu ombro. - estou falando sério.- eu também. - Daikan.- ele engoliu em seco, e lentamente sentou-se na cama. Fiz o mesmo, pois já imaginava que vinha algo importante por aí. Olhei para ele, o macho sem demora me cobriu com o lençol. - o que vai acontecer daqui alguns dias é... Decisivo. - assenti, sem olhar para ele. - eu venho pensando nisso, enquanto você dorme. Fico observando você, sua respiração. Olho para seu rosto, vejo anoto cada detalhe seu mentalmente. Pensando que... Talvez isso mude, talvez nunca sejamos os mesmos novamente. - engoli em seco. - onde está querendo chegar? - eu não quero que acabe. - ele olhou para mim com intensidade, segurando meu rosto entre suas mãos. Meu coração acelerou, eu me empert
𝙺𝚢𝚕𝚎* Eu estava sem controle, correndo por entre a escuridão da floresta. A voz dela ressoando em minha mente, batendo alto com força. Ela me odiava, eu sabia que sim. Eu tinha ferrado tudo, e ela estava certa em me odiar. Minhas presas começaram a saltar para fora, apertei os punhos. As garras já estavam todas para fora. Derrubei várias árvores enquanto corria, acabei caindo de uma ribanceira. Meu corpo inteiro doeu, uivei para a lua. Por que aquilo tinha que acontecer comigo? Eu preferia a morte, eu... Eu preferia estar morto. Rasguei minha camiseta, meu lupino estava prestes a sair. Quando... - KYLE! - meu corpo inteiro parou, ouvi sua voz. Senti seu cheiro, era... Ela. - KYLE CADÊ VOCÊ? - gritei dentro de mim, não... Não era ela. Minha mente estava me pregando peças. Me contorci caindo no chão, gritando de dor. Eu estava perdendo o controle, não havia mais nada que pudesse fazer. - Verônica... Fuja. - sussurrei antes de apagar. **
𝚅𝚎𝚛ô𝚗𝚒𝚌𝚊* Era tarde da noite, eu estava em meu quarto. Deitada na cama, após um dia longo. A luz da lua entrava pela sacada, olhei para o lado da cama. Mallena não estava lá, sabia que estava com Daikan. Ela achava que era boa em esconder as coisas, sorri ao pensar nisso. Estava quase fechando os olhos, quando ouvi batidas na porta. Logo botei os pés para fora da cama, e tratei de abrir. Franzi o cenho quando vi quem era. Era ela, a fêmea com quem Kyle estava. - Olá, no que posso ajudar? - você é Verônica garyon? - sim, sou.- eu preciso que venha comigo, agora. - me empertiguei. - me desculpe, mas eu não a conheço. - sou Alicent morrys. - isso não é o bastante. - ela suspirou e voltou a se aproximar, me encarando com certa ferocidade. - posso contar a história da minha vida detalhada para você, se quiser. Mas... Precisa vir comigo, Kyle está fora de controle no bar da cidade. - senti um certo aperto no peito. - se ele está no bar, é porque está bêbado. - estava quas
𝙴𝚕𝚊𝚒𝚍𝚎* Passei a treinar aqueles machos e fêmeas todos os dias, estava esperando o momento exato para falar com eles sobre Mallena. Alguns eram muito bons, outros atrapalhados. Mas nenhum tinha tanto potencial quanto Victor. Nunca havia visto um macho tão determinado em lutar quanto ele, era impressionante. Decidi que focaria nele, era o melhor a se fazer. Então, comecei a passar todas aquelas semanas ao seu lado. Todos os dias, da primeira manhã, até o começo da noite. Sem cessar. Evil também estava fiscalizando o treinamento de perto, como um abutre. Ansioso para ter seu objetivo em mãos, o que o estava deixando ainda mais rude e arrogante. - pode me dar uma pausa? - não. - por favor, eu... Estou sem ar. - dissemos que seria sem pausa hoje. - ele me encarou, seu peito suado e tenso. - apenas alguns minutos. - certo. - estava indo pegar um pouco de água, quando senti um arrepio na nuca. Foi tão rápido, ele saltou em minha direção. Segurando-me pela cintura, prendendo mi
Último capítulo