Seis meses haviam se passado desde a batalha final, e a alcateia Lua Sangrenta vivia tempos de paz. A lua cheia iluminava o céu naquela noite, mas dentro da casa de Lyra e River, o ambiente estava carregado de tensão e expectativa. O ar estava quente e pesado, misturado ao cheiro de ervas que as lobas mais velhas queimavam para ajudar no trabalho de parto.
Os gritos de Lyra ecoavam pelo quarto, cada um deles fazendo o coração de River, que estava do lado de fora, disparar. A jovem Luna estava de cócoras sobre o chão forrado com panos limpos, o corpo nu coberto de suor. Seus cabelos loiros estavam grudados na testa, e os olhos prateados cintilavam em meio às lágrimas de esforço e dor.
— Vamos, Lyra, força! — disse Petra, que segurava sua mão esquerda com firmeza, encorajando-a com os olhos cheios de preocupação.
Do outro lado, Camilla segurava a mão direita da amiga com a mesma força, sentindo os músculos de Lyra tremerem em cada contração.
— Você consegue, Lyra! — exclamou Camilla, co