A comoção ainda dominava o pátio central quando Cecile finalmente conseguiu respirar entre os braços das mães. Ignis e Helena continuavam segurando ela como se tivessem medo de que, ao afrouxarem os dedos, a filha desaparecesse de novo. O reencontro parecia arrancar um peso do ar, um peso silencioso que pairou sobre as duas e sua alcateia durante anos.
Ignis afastou o rosto apenas o suficiente para enxugar as próprias lágrimas com o dorso da mão trêmula.
— Como… — ela tentou falar, mas a voz falhou. Respirou fundo de novo. — Como você chegou às raposas? Como… meu amor… como você sobreviveu tanto tempo longe de nós e nas mãos… Nas mãos daquele monstro?
Cecile engoliu em seco, olhando de uma mãe para a outra. Elas mereciam a verdade, a parte lembrada, a parte dolorosa, a parte que ela passou anos tentando enterrar. Mereciam saber que Atlas as havia arrastado até ali, que elas conseguiram escapar, mas que o sofrimento não estava apagado para sempre.
— Foi quando Atlas atacou a Lua Sang