não respondi, não precisava. Ela entendeu. Gregory pigarreou atrás de mim, desconfortável.

— Ela tem que ir, Clarissa. Clarissa apertou meu braço antes de recuar.

— Cuidado — disse apenas, baixinho. — Por favor.

E eu fui. A cada passo, parecia que o chão se inclinava contra mim, empurrando-me para frente, levando-me para onde eu não queria ir.

**

Quando Gregory abriu a porta, o calor da lareira me atingiu como um tapa.

O escritório estava iluminado apenas pelo fogo, deixando sombras longas nos cantos, sombras que pareciam observar.

Alistair estava de pé, próximo à mesa, com as mãos cruzadas nas costas. Os olhos dele seguiram meu corpo desde o instante em que entrei, como se avaliasse cada pedaço meu.

Eleanor, minha mãe, estava sentada numa poltrona acolchoada, rígida demais, as mãos trêmulas presas no colo. Ela não ousou levantar. Seus olhos encontraram os meus por um segundo, e desviaram, rápidos, como se eu fosse um espelho sujo que ela não suportava encarar.

Beatriz esta