Luna segurava a pasta de documentos contra o peito como se fosse sua armadura. Seu coração batia frenético, cada pulsar ecoando nos ouvidos como o som de um tambor anunciando guerra. Leonel se posicionou ao lado dela, os ombros retos, o maxilar travado, o olhar duro, protetor — ele parecia um muro erguido entre ela e o perigo iminente.
Carolina, elegante como sempre mesmo em meio ao caos, fechou a porta da biblioteca atrás de si, isolando-os do restante da mansão. O silêncio que se seguiu era quase palpável, tenso como um fio prestes a se romper.
— Vocês não entendem — disse ela, aproximando-se com passos calculados, as mãos entrelaçadas com elegância, embora seu olhar denunciasse o nervosismo. — César não é apenas um homem poderoso. Ele tem aliados. Amigos no governo, na polícia, nos tribunais. Acham que vão simplesmente divulgar isso e viver felizes para sempre?
Luna manteve o olhar firme, mesmo com o medo agitando suas entranhas.
— Não estou fazendo isso por vingança. Estou fazendo