O carro parou diante de um chalé isolado na encosta da serra. Um lugar seguro — por ora.
Leonel saiu primeiro, certificando-se de que não havia ninguém à vista. Depois, abriu a porta para Luna. Ela desceu cambaleante, os nervos ainda em frangalhos, o corpo pedindo descanso... e algo mais.
Assim que entraram no chalé, Leonel trancou a porta e puxou todas as cortinas. Carolina foi para um dos quartos, deixando os dois sozinhos na pequena sala iluminada apenas pela lareira.
Luna largou a pasta de documentos em cima da mesa e virou-se para encarar Leonel.
O calor do fogo refletia nas paredes, mas o calor que crescia entre eles era ainda mais intenso, mais urgente.
— Você quase morreu hoje... — Leonel disse, a voz rouca, carregada de emoção contida.
— Nós dois quase — respondeu ela, sentindo a garganta fechar.
Havia algo no olhar dele: fome, desespero, necessidade de se certificar de que ela estava viva, ali, inteira.
Num movimento rápido, Leonel atravessou a distância entre eles e puxou L