Mundo ficciónIniciar sesiónSophie Bailey está desesperada. Com as contas médicas de sua avó se acumulando, a brilhante recém-formada troca seus sonhos por um único objetivo: um emprego na poderosa Mason Corp. O problema tem nome: Mason Carter. O CEO implacável, controlador e atraente está obcecado por sua nova secretária. O que Mason não sabe é que a mulher de terno impecável que ele deseja é a mesma que ele viu, em segredo, na noite anterior: uma mulher sensual, misteriosa e com um corpo feito para o pecado. O salário da secretária mal paga as dívidas, e Sophie é forçada a viver uma vida dupla, arriscando tudo o que conquistou para salvar sua família. De dia, ela lida com os caprichos de seu chefe perigosamente atraente. De noite, ela lida com a escuridão do seu segredo. Um passo em falso pode destruir sua carreira, sua única chance de salvação e o futuro que ela jurou proteger. Até onde ela irá por sobrevivência? E até onde ele irá para descobrir a verdade por trás de sua obsessão?
Leer másSophie Bailey
A exaustão tem sido minha sombra. É final de um dia de trabalho na lanchonete, e o cheiro de fritura parece ter se impregnado na minha pele. Trabalho como garçonete desde que me entendo por gente, mas de uns anos para cá, essa labuta mal paga se tornou uma corrida contra o tempo. Por ter perdido meus pais muito cedo, fui criada por minha avó, a Vó Eliza, que é a minha rocha. Infelizmente, a saúde dela tem ido por água abaixo. Ao chegar em casa, a primeira coisa que faço é ir até o quarto. Mas antes que eu possa sequer chegar à porta, sou interceptada por Mia, a enfermeira que contratei. — Não precisa, senhorita Bailey. — Mia me informa, com a voz baixa. — Eu a mediquei agora há pouco e ela dormiu em seguida. — Como ela está, Mia? — pergunto, com o coração acelerado. Sinto a pontada da apreensão só de olhar para o rosto da enfermeira. — Por favor, não esconda nada de mim... — minha voz soa um fio de aflição. Mia respira fundo, e a verdade cai sobre mim como um bloco de gelo: — A tosse dela está piorando diariamente, Sophie. Se não conseguirmos um tratamento mais eficaz, com urgência... pode ser que ela não resista por muito tempo. Murcho os ombros. Descobrimos recentemente um câncer em seus pulmões devido ao vício pelo cigarro, e o tratamento é caríssimo. Os medicamentos são uma fortuna. Sendo garçonete, jamais conseguiria pagar todas as despesas e nos manter com comida na mesa. — Não sei mais o que fazer... — profiro, a cabeça baixa, sentindo as lágrimas subirem, mas Anne surge e me puxa para a sala. — Amiga, não podemos desistir, eu não vou permitir isso. Iremos arranjar uma solução. — Anne, minha melhor amiga, é a personificação da ação. — Cadê seu notebook? Em meio à minha frustração e raiva, por não conseguir nada com meu diploma em Tecnologia da Informação, Anne me força a agir. Enquanto ela prepara algo para comermos na cozinha, eu me afundo na tela do computador, vasculhando o inferno das vagas de emprego. Minha mente divaga, e eu me pego pensando no Max, na dança e no dinheiro fácil que ele falava anos atrás, quando estávamos juntos na escola de dança... Balanço a cabeça com força. Não. O caminho é o terno. O caminho é o escritório. Eu repito para mim mesma. De repente, Anne surge na sala, os olhos brilhando. — Amiga, corre aqui! — grita, e eu dou um pulo. — Desculpa, amiga. Mas acho que encontrei o trabalho perfeito para você. Olha isso! Sento ao lado dela e pego o notebook. O anúncio é para Secretária Pessoal do CEO em uma empresa de tecnologia de elite: Mason Corp. O salário? Suficiente para me tirar do buraco. — É uma excelente oportunidade, mas... não sei se sirvo para isso. — confesso. — Como não, Soh? Você é perfeita! Vai iniciar como secretária, mas essa chance é única! Pensa no tratamento da Vó Eliza! — Anne me força a encarar o monitor novamente. Eu engulo em seco, sinto-me uma fraude, mas a vida da Vó Eliza é o meu único foco. — Tudo bem, eu irei. — digo com determinação, e enviamos o formulário preenchido. (...) Dias depois… Já se passou uma semana, e eu já tinha perdido a esperança. Eu, uma pobretona, sem experiência corporativa de verdade, pensando em trabalhar no Mason Corp... chega a ser cômico! Enquanto limpo as mesas da lanchonete, sou tirada dos meus devaneios por Anne, que corre em minha direção, ofegante. — Amigaaaaa! Seu celular! — Calma, respira. O que houve? — Ligação! É da Mason Corp. Querem falar com você! — Ela me entrega o aparelho, e suas mãos tremem. Meus olhos estão arregalados. É real. — Atende logo, garota! — Anne grita. Coloco o celular no ouvido, tentando controlar a voz. — Alô. — Olá, senhorita Bailey. Sou Harper, diretora de Recursos Humanos da Mason Corp. A senhorita se candidatou à vaga de secretária, ainda tem interesse? — Claro! — respondo, mais alto do que planejei. — Desculpa, é que estou precisando muito desse emprego. A mulher ri. — Tudo bem, eu entendo. A senhorita poderia comparecer à nossa empresa amanhã às oito, para uma entrevista? — Posso, sim. — Tento conter o entusiasmo, mas a vontade de gritar é enorme. — Ok! Aguardamos sua presença amanhã, até mais. — Obrigada. — agradeço e encerro a ligação. — E aí? — Anne nem espera que eu fale. Eu a encaro, faço um pequeno suspense, e ela pede, impaciente: — Fala logo, caralho! — Eu consegui, amiga! Tenho uma entrevista amanhã! — seguro as mãos dela e começamos a pular. Sorte que não tem ninguém no estabelecimento. — Adeus pobreza, adeus vida miserável! — Anne fala, divertida. — Mas não se empolga muito, ainda não tem nada certo. — comento, e ela bufa. — Para de ser pessimista, é claro que você vai conseguir. Temos que sair para comemorar! — Comemorar o quê? É só uma entrevista. — Justamente isso, querida. Nem uma mísera entrevista você estava conseguindo. Esse é um grande passo! — Ela me convence. — Aonde iremos? — Àquele barzinho que inaugurou recentemente e estou louca para ir. — Ficou louca? Aquele lugar só é frequentado por gente rica e poderosa, me recuso a isso. — bato o pé. — Não se recusa a nada! Nós merecemos esse luxo uma vez na vida, e a senhorita vai, sim! Fomos interrompidas pela carranca de Emma, que nos manda de volta ao trabalho. No fim do expediente, Anne me arrasta. Antes de sairmos, aviso a Mia que chegarei tarde. No táxi, sei que não posso me dar ao luxo de gastar, mas Anne pisca para mim, garantindo que "já pensou em tudo". Chegamos ao bar. Assim que entro, sinto a atmosfera de luxo e poder. Os homens de terno parecem ter saído de filmes caríssimos, e eu me sinto subitamente exposta. — Amiga, teremos que vender um rim ou lavar os pratos para pagar o que consumirmos. — sussurro, chocada com o menu, mas Anne me puxa para a mesa. — Relaxa, eu já pensei em tudo. Dois martinis, por favor. — ela pede ao garçom, sem hesitar. Eu tento me concentrar na conversa, mas, de repente, meu olhar é fisgado. Um homem de terno perfeitamente alinhado, alto e de presença imponente, passa pela porta. Ele está acompanhado, mas seu mistério é magnético. E, como se soubesse que estava sendo observado, ele olha diretamente em minha direção, fazendo nossos olhares se encontrarem. Um calafrio elétrico percorre minha pele, e meu coração dispara. Meu corpo aquece instantaneamente, e eu sinto uma atração poderosa e proibida.Sophie Bailey Depois de ter acordado na cama de um estranho, a ressaca física é insignificante perto da ressaca moral que me atinge. Nunca fiz algo assim na vida. Eu, a responsável, a organizada, a que não bebe e jamais dorme com um estranho, tinha me transformado em outra pessoa na noite passada. — Merda! Droga, Sophie! — a caminho de casa, repreendo a mim mesma novamente, massageando as têmporas. No caminho, ligo para Anne, que me ligou várias vezes e ela atende no primeiro toque. — Amiga, onde você está? Eu te liguei a noite toda! Você sumiu! — Estou na rua, Anne. Estou indo para casa. Não posso falar, estou quase em cima da hora para a entrevista. Não me pergunta nada sobre a noite passada, ok? — minha voz sai fria, e desligo antes que ela possa protestar. A culpa é de Anne por me forçar a beber, mas a decisão final foi minha. Chego em casa. Graças a Deus, Vó Eliza está dormindo e Mia está na cozinha. Corro para o banheiro. Enquanto escovo os dentes e tento lavar a vergonh
Mason CarterUma morena de olhos castanhos-claros. Seus cabelos negros com algumas ondulações iam até um pouco acima da cintura. Os lábios carnudos chamativos. O corpo... Que corpo! Mesmo estando sentada, dava para perceber suas curvas avantajadas. Um arrepio percorreu meu corpo e senti meu pau se animar um pouco. Precisava me controlar, porque estava acompanhado. Passei a língua nos lábios e continuei andando. Ao virar-me, sorri de lado, sem mostrar os dentes. Aproveitamos bem o tempo, mas por alguma razão, eu não conseguia parar de encarar aquela mulher. Isso já estava passando dos limites, porque, em razão disto, comecei a perder o interesse pela Julia. Justo naquela noite que eu precisava extravasar… — Então, o que iremos beber? — Julia me tirou do transe, enquanto segurava o menu com as opções de bebidas e alguns petiscos. — É... — lhe respondi meio desconcertado. — Algum problema? — ela franziu o cenho. — Nenhum. — falei friamente, sem olhar para ela. Até que Julia perce
Mason Carter Ultimamente a vida não tem me dado uma trégua. Ter uma empresa do porte da Mason Corp. exige uma responsabilidade absurda, especialmente quando há pessoas te rodeando como urubus em cima de uma carniça, tentando tirar de você aquilo pelo qual você mais lutou para alcançar. Tem acionistas de todos os lados, fazendo o possível para conseguir me tomar a empresa. Confesso que, às vezes, isso cansa e dá vontade de jogar tudo para o alto, desistir de tudo, mas eu não posso fazer isso. Há muita coisa em jogo. O nome Carter, o legado do meu pai, o meu próprio orgulho. Como se não bastasse tudo isso, estou sem secretária. Estou há um bom tempo tentando conseguir alguém que esteja à altura da empresa ou que, pelo menos, entenda o mínimo do nosso ramo. Visto que as últimas só me deram dor de cabeça porque não sabiam absolutamente nada sobre tecnologia e nem se dedicavam a aprender, demiti a última que não durou mais de três meses. Agora preciso urgentemente de uma substituta ef
Sophie Bailey — Humm… Então você notou o gostosão te secando… — Anne comenta com um sorrisinho cínico.— E… eu? Você está vendo coisa onde não tem.Ela dá uma risadinha.— Amiga, relaxa! Você está tensa demais para quem acabou de conseguir uma entrevista na Mason Corp. Essa noite é nossa! — Anne gesticula, quase derrubando o martini em cima de mim.Enquanto isso, eu estava chocada com os preços e, mais ainda, com a quantidade de gente bonita e rica. Juro que só concordei em vir porque Anne insistiu que eu precisava celebrar o "primeiro passo" para salvar a Vó Eliza.— Não estou tensa, Anne, só estou chocada com o preço dessa bebida. Se eu derreter, você vai ter que vender seus sneakers para pagar a conta. — sussurro de volta, tentando parecer descontraída, mas sinto o olhar das pessoas sobre a gente.— Deixa de ser pão-duro, Sophie! Beba! — Ela pega o meu copo e me força a tomar um gole generoso.O álcool desce queimando, e eu sinto o calor relaxar meus ombros. Anne pede mais uma rod
Sophie Bailey A exaustão tem sido minha sombra. É final de um dia de trabalho na lanchonete, e o cheiro de fritura parece ter se impregnado na minha pele.Trabalho como garçonete desde que me entendo por gente, mas de uns anos para cá, essa labuta mal paga se tornou uma corrida contra o tempo. Por ter perdido meus pais muito cedo, fui criada por minha avó, a Vó Eliza, que é a minha rocha. Infelizmente, a saúde dela tem ido por água abaixo.Ao chegar em casa, a primeira coisa que faço é ir até o quarto. Mas antes que eu possa sequer chegar à porta, sou interceptada por Mia, a enfermeira que contratei.— Não precisa, senhorita Bailey. — Mia me informa, com a voz baixa. — Eu a mediquei agora há pouco e ela dormiu em seguida.— Como ela está, Mia? — pergunto, com o coração acelerado. Sinto a pontada da apreensão só de olhar para o rosto da enfermeira.— Por favor, não esconda nada de mim... — minha voz soa um fio de aflição.Mia respira fundo, e a verdade cai sobre mim como um bloco de g





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