O escritório privado de Aldren estava mergulhado em penumbra, iluminado apenas pelo reflexo âmbar de um copo de whisky sobre a mesa. As paredes de madeira escura abafavam o som, mas dentro dele havia uma tempestade que nenhum silêncio conseguia conter. A derrota pública diante de Narelle e Rhaek o corroía como ácido.
Ele esmagava o copo contra os dedos, os nós das mãos brancos de tensão. Callista estava ali, sentada em uma poltrona próxima, ainda impecável em seu vestido esmeralda — mas a postura traía nervosismo. Sabia que não haveria misericórdia.
— Você me expôs ao ridículo — a voz de Aldren era baixa, mas carregada de ódio contido. — Tinha me prometido que ela não passaria da primeira provocação. E, no entanto, eu assisti aquela mulher esfregar provas na cara de todos nós.
Callista ergueu os olhos, tentando conter a respiração. — Eu não esperava que ela tivesse acesso àqueles relatórios. Rhaek deve ter...
— Cale-se. — A ordem foi cortante. Ele se levantou, caminhando em círculos c