Narelle desceu do carro com passos firmes, embora o coração oscilasse entre o orgulho e a repulsa. A mansão de Rhaek, onde vivera por um período de sua juventude, estava ainda mais imponente — colunas escuras, jardins meticulosamente selvagens, e aquela fachada fria que parecia zombar dela.O cheiro da madeira, da terra molhada e dos corpos marcados por sangue antigo veio como uma rajada. Ela parou diante da porta por um segundo. Lembranças invadiram — noites em silêncio, olhares ignorados, o toque que ela nunca teve... e o que desejou.Dentro, o ambiente era mais descontraído. Um jantar informal para os acionistas e convidados da matilha. Risadas, brindes, lobos importantes — e o cheiro inconfundível de competição.Kael a observava de longe, reclinado com um copo de uísque. Seu sorriso era lento, preguiçoso, como se já soubesse que ela pertencia a ele. Mas Rhaek... Rhaek era um corte no tempo.Quando Narelle cruzou a sala, Rhaek ergueu os olhos. Alto, imponente, com a gravata solta
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