Violet Hathaway é uma jovem cética que nunca acreditou nas lendas de sua pequena cidade. Filha de uma família tradicional, ela jamais imaginou que o sobrenatural era parte de seu cotidiano. Sua vida muda ao presenciar um vampiro assassinar sua família, agora Violet se vê obrigada a entrar na perigosa floresta para sobreviver. " — Você devia ter ouvido os avisos, humana. Deveria ter se mantido longe do meu território de caça. Sua voz sombria fazia o corpo de Violet tremer. Não podia acreditar no que abará de ver, um homem tornou-se uma fera diante de seus olhos! Suas pernas tremiam, não aguentava mais correr, ela sabia que mais cedo ou mais tarde ele a acharia e acabaria com sua vida. — Achei você. A voz rouca do grande lobo Alfa soa de forma sedutora e ela não pode evitar o suspiro ao ver seus olhos cor de mel a observando com tamanha intensidade. — Agora você é minha, pequena." SÉRIE A ASCENSÃO DA LUA: LIVRO 1: A Propriedade Do Alfa LIVRO 2: Em Busca Do Alfa Sigam no meu IG para mais novidades: @Beatrizborgeswriter
Leer másAs pessoas ao meu redor sempre falaram sobre criaturas sobrenaturais e como andavam entre nós, humanos. Nunca fui uma pessoa apegada ao misticismo e crenças populares; para falar a verdade, sempre fui cética em relação à vida. Não era o tipo que acreditava em religiões, histórias sobrenaturais e até mesmo em alienígenas. Sempre acreditei que esse tipo de história era contada tantas vezes que chegava a causar histeria coletiva, algo que justificava essas visões e encontros com o desconhecido.
Na infância, meu sonho era crescer, passar em uma boa faculdade e ter uma desculpa boa o suficiente para sair dessa pequena cidade antiquada e ir para um lugar onde realmente me entendessem. As únicas pessoas que me entendiam nessa cidade eram meus amigos Austin e Pierre. Mesmo minha irmã gêmea sendo a pessoa que melhor me entendia, a única que realmente sentia que todos nessa cidade eram loucos e que tínhamos que sair daqui, não éramos tão próximas e isso só piorou com sua mudança para a casa de nossos avós.Os anos foram passando, aos poucos me afastei dos meus amigos e ao mesmo tempo me aproximei mais de Austin e seu primo Pierre. Viramos melhores amigos, inseparáveis. Ao mesmo tempo, continuei aprendendo mais sobre a cidade e sua história. Apesar de acreditarem nas lendas, meus pais não agiam como as outras pessoas da cidade. Não era algo tão sufocante; eles apenas me alertavam sobre como me proteger e que não deveria entrar na floresta em hipótese alguma. Parando para ver por um ângulo cético, isso é um bom conselho, independentemente de sua crença no mundo sobrenatural.Com minha interação com os cidadãos locais, cresci ouvindo que deveria temer as criaturas da noite. Me contaram milhares de lendas sobre a floresta que fica perto da cidade, várias teorias macabras sobre a morte de moradores foram criadas. Mas como toda jovem, eu não dava muita atenção para os avisos dos adultos. Achava que a floresta era só mais uma floresta qualquer... Pena que estava enganada...(...)Corro desesperada, consigo ouvir os passos e o som de galhos quebrando. É assustador fugir de algo que não se sabe o que é. Aquela coisa com certeza não era humana, mesmo tendo sua aparência como a de um homem, eu o vi atacar pessoas inocentes, vi suas enormes presas e unhas.— Deus, me ajude. – Minha voz sai ofegante e chorosa. Com pouco ar e coragem que haviam me sobrado, grito. – Se afaste de mim, besta!Sua gargalhada demoníaca ecoa por toda a floresta, me causando arrepios por todo o meu corpo. Parece que a sorte não estava mesmo do meu lado, nem mesmo o mais forte dos deuses poderia me salvar agora.Um grito assustado escapa da minha garganta quando tropeço em uma raiz grossa e acabo perdendo o equilíbrio. Minha cabeça b**e com força assim que chego ao chão. Não consigo enxergar devido às lágrimas, a queda bagunçou os meus sentidos. Estou tonta, mal consigo ver um palmo de distância. Tento me levantar, mas meu pé está preso na raiz.Solto um grunhido de dor ao sentir um peso sobre meu corpo e uma respiração ofegante em meu pescoço. O cheiro de sangue em seu corpo me deixa enjoada. Escuto uma risada maligna perto do meu ouvido, e isso me faz entrar em pânico. Eu iria morrer, sinto isso em cada célula do meu corpo. Sei que esse será meu último momento de vida, esse é o meu destino.— Perdão, papai. – Minha voz sai rouca e trêmula. – Deveria ter te ouvido.Sinto as lágrimas caírem pelo meu rosto. Seus dentes entram em meu pescoço, e isso me faz gritar de dor. As lágrimas continuam a cair pelo meu rosto, e a imagem do rosto de papai vem à minha mente. Em breve, eu me juntaria à minha família.Meu corpo está fraco; sinto meu sangue ser drenado pelo meu pescoço. Não consigo lutar; estou presa pelo peso do corpo dessa m*****a criatura.Um filme da minha vida passa diante dos meus olhos. Vejo Simon correndo comigo na praia, nossos pais rindo enquanto nos filmavam. Meu primeiro baile, Simon me acompanhando; ele estava tão feliz por poder fazer parte dessa fase da minha vida. O nascimento de Anna, a saída de Sarah de casa e nossa última noite juntas em uma festa do pijama. A carta de aceitação de Simon para a faculdade. Nossa noite de loucura na cidade, onde trocamos nossos colares de melhores amigos.Seu rosto está tão nítido à minha frente, é como se ele estivesse realmente aqui.— Não é hora de desistir, flor de lótus. — Sua voz é calma e bela. Uma lágrima escorre pelo meu rosto e ele sorri antes de limpá-la. — Seja forte.— Eu não consigo. — Minha voz sai fraca, tão baixa como um sussurro. — Já perdi coisas demais. Não existem mais motivos para continuar. Ao menos se eu me for, poderemos ficar juntos.Simon sorri, um sorriso belo e sincero. Seus olhos brilham, e ele acaricia meu rosto antes de aproximar seus lábios da minha orelha.— Ainda não é a hora. — Ele beija minha bochecha. — Estarei sempre cuidando de você. Se acalme, a ajuda está chegando.Seu rosto desaparece como uma névoa no ar, e a adrenalina me tira do transe. Volto a sentir meus instintos de sobrevivência.Um uivo alto faz a criatura desviar sua atenção do meu corpo e farejar o ar. Seu corpo parece ter entrado em estado de alerta, a criatura olha ao redor assustada. Os rosnados em meio aos arbustos me dão arrepios. Eles estão bem próximos, um uivo a alguns metros de distância me faz tremer de medo. A criatura sai de cima de mim e corre em direção oposta ao som, como se temesse por sua segurança. Um alívio se instala em meu corpo, e suspiro, mas um pensamento me faz congelar: a besta estava com medo, então há algo pior do que essa criatura que estava me caçando?Minha visão está turva por causa das lágrimas, e a lembrança de toda a minha família sendo assassinada não sai da minha cabeça. Tudo isso é minha culpa, eu deveria ter escutado os conselhos dos meus pais, não deveria ter sido tão cética. Agora todos estão mortos, e isso é apenas culpa minha. Eu convidei a desgraça para nossa casa, fui eu que trouxe essa criatura demoníaca para nossa família. E o que me resta é apenas chorar e aceitar meu destino. Pelo menos em breve eu estarei junto novamente com minha família.As palavras de Simon voltam a minha mente e uma descarga de adrenalina invade meu corpo, bloqueando meus pensamentos. Tudo que consigo fazer é me levantar e correr. Nunca havia corrido tão rápido em toda minha vida, era como se minhas pernas estivessem me guiando, como se elas soubessem para onde deviam ir. Entro em uma parte desconhecida da floresta, mas consigo ouvir o som de carros passando na pista. Tento correr mais alguns metros, mas perco o equilíbrio e sinto uma forte pressão em meu tornozelo. Olho para minha perna e grito de horror, havia pisado em uma m*****a armadilha de urso! A forte adrenalina em meu sangue me faz agir sem pensar, e quando dou por mim, havia me livrado da velha armadilha.Escuto sons de algo se aproximando, e sou tirada do chão por um enorme lobo. Grito de horror, começo a me debater, e meu casaco rasga. Aproveito a chance e saio correndo em direção a uma enorme árvore. Subo com dificuldades devido à fraqueza causada pelos meus múltiplos ferimentos. Me sinto tão frágil e indefesa como nunca antes.Tenho que ser rápida, mas meu corpo dói, e isso dificulta a subida na árvore.— Droga! – resmungo ao perceber que estava sangrando. Escuto sons de algo rodear a árvore, e meu grito desesperado ecoa pela floresta. – Saia daqui, monstro!Os barulhos ao redor da árvore são assustadores. O animal me rodeia, meus joelhos tremem. Não consigo ficar agachada para sempre, e o lobo parece saber disso. Minhas mãos suam, não vou conseguir me segurar por muito tempo. Um barulho me faz gritar, o galho em que estou cai e me leva ao chão. Outro enorme galho atinge minha perna, e o som de ossos quebrando ecoa pela floresta, me fazendo gritar de agonia e dor. Meus soluços de dor são altos, e escuto a criatura se aproximando cada vez mais. Tento me movimentar, mas a dor de ter o fêmur quebrado faz minha cabeça girar.— Papai, em breve estarei com você.Digo entre soluços. Sei que esse é o meu fim, não terei mais chances. Minhas escolhas tolas me trouxeram até aqui. Me sinto sozinha como nunca antes em minha vida, e a solidão dói ainda mais ao saber que sou a culpada por tudo isso.Sinto minha cabeça girar ao tentar mover o galho. Minha visão fica turva, minha respiração fraca. Apenas ouço os passos se aproximando e o som de seu rosnado.Ivy Glassman Um ano antes Manhã Após O Ritual Corro desesperadamente pela floresta com Violet em minhas costas, meus pés afundando na neve enquanto tento encontrar o caminho para o hospital. No entanto, percebo que estou em uma parte desconhecida da floresta. Cada árvore se assemelha à outra, e a escuridão torna difícil distinguir qualquer ponto de referência. A respiração de Violet continua fraca, e a ansiedade toma conta de mim. Eu só precisava encontrar o caminho, mas a floresta parecia se fechar em volta, tornando-se um labirinto de árvores desconhecidas. Apesar do desespero, mantenho a determinação de salvar Violet. A cada passo, tento recordar qualquer marca, pedra ou indicação que possa me orientar. O tempo parece se esticar, e a preocupação me consome enquanto avanço pela floresta. Paro de correr, respirando pesadamente, e olho ao redor em busca de algum sinal familiar na escuridão da floresta. A ansiedade aperta meu peito, e uma sensação de desamparo se instala ao perceb
Ivy GlassmanUm ano antesManhã Após O RitualOs sons prosseguiram por horas a fio, martelando meus ouvidos incessantemente. Minhas pernas doíam devido à posição agachada no chão, e a náusea começava a se instalar.A névoa finalmente se dissipa o suficiente para eu vislumbrar o céu. Apesar de a floresta permanecer mergulhada em trevas devido à névoa negra, consigo perceber que o céu já clareava, indicando que o amanhecer se aproximava.O tempo se arrasta, minutos parecendo eternidades, até que a névoa se dissipa completamente e os sons cessam. Minhas pernas fraquejam, e meu corpo tomba na neve. Olho para o céu, sentindo meu peito subir e descer em uma respiração descompassada.Permaneço ali, exausta e atordoada, tentando compreender o que aconteceu naquela noite caótica e sombria.Escuto passos se aproximarem rapidamente do meu corpo caído, mas estava exausta ao ponto de não me importar com o meu destino.De repente, olhos negros preocupados surgem em meu campo de visão. Logan se agac
Ivy GlassmanUm ano antesNoite do ritual— Você ouviu ele? Violet está viva! – Falo com animação após Logan me ajudar a levantar.— Eu senti o cheiro dela... O mesmo cheiro que ela emitia durante a batalha com o Klaus. – Logan diz observando ao redor.— Então... Ela ainda está daquele jeito? – Perguntei receosa enquanto limpava a neve de meu corpo.— Sim, e ela se aproximando. – Logan volta a puxar minha mão. – Temos que ir embora daqui antes que ela nos encontre.— Eu não posso deixar minha melhor amiga sozinha! E se o Klaus voltar e achar ela? – Pergunto tentando soltar o meu braço.Logan ri sarcástico, e seus passos se tornam apressados.— Você não percebeu, gracinha? Klaus estava fugindo da sua amiga! – Ele diz, olhando por cima do ombro.— Fugindo da Violet? Ele é o Rei Vampiro! – Minha risada incrédula mostra minha descrença com suas palavras.— Parece que você não entendeu a dimensão da situação. Sua amiga é uma Bruxa poderosa e está fora de controle! – Logan olha pra mim nova
Ivy GlassmanUm ano antesNoite do ritualSinto uma mão tocar meu ombro e abro meus olhos assustada, encontrando Logan com uma expressão preocupada em seu rosto.— Você está bem? – Ele pergunta, com evidente preocupação.Analiso seu corpo brevemente, observando-o da cabeça aos pés. Nada estava diferente; sequer um arranhão. Que diabos acabou de acontecer aqui?— Ei, você está bem? – Ele pergunta novamente, agora segurando meu rosto.— Eric... O que você fez com ele? – Minha dúvida sai entre gaguejos assustados.— Não se preocupe com ele. Ele não vai mais te fazer mal. – Sua voz é calma, carregando sinceridade. Um sorriso gentil surge em seu rosto, transmitindo uma tranquilidade que contrasta com a tensão da situação.— Mas.. mas... – Minha fala é interrompida por suas mãos me puxando pela cintura, forçando-me a ficar de pé.— Vamos embora daqui antes que mais alguém tente matar a gente! – Logan segura minha mão. – Dessa vez você vem comigo, não quero ter que te salvar novamente!A con
Ivy GlassmanUm ano antesNoite do ritualOnde esse maldito vampiro estava? Olho ao redor à sua procura, mas não o encontro. Meu coração está acelerado, e a sensação de estar sendo caçada aumenta à medida que sua gargalhada ecoa pela floresta, vindo de lugares diferentes. Tento usar minha audição de lobo para localizá-lo, mas falho miseravelmente. Nem mesmo meu faro é capaz de encontrá-lo. O que esse Vampiro fez? Como consegue se camuflar de mim assim?— Eu vou pegar você, Ratinha. Vou pegar você do mesmo jeito que fiz quando você se entregou pra mim.... Não negue, sei que gostou tanto quanto eu. – Sua voz agora estava mais próxima de mim.Me entregar? Ele havia me forçado a tudo aquilo. Até hoje não consigo entender qual é sua habilidade de Vampiro, mas era algo capaz de me imobilizar e mudar minha mente. Não sei qual clã ele pertencia, mas existia algo em seus olhos que, no dia em que me sequestrou, conseguiu me imobilizar. Mesmo eu tentando resistir, meu corpo não me obedecia, minh
Ivy GlassmanUm ano antesNoite do ritual— Se continuar aí, vai ser encontrada e morta de qualquer jeito. Vai encarar a morte de braços cruzados? – Ele olha sério em minha direção.— Pular no barranco é melhor do que ser despedaçada pela sua amiga Bruxa ou queimada pelo exército de vampiros lá embaixo, não acha? – Acrescenta, tentando me convencer.Ainda hesitante, observo a expressão decidida em seu rosto. O dilema entre confiar nesse estranho e enfrentar o perigo iminente me atormenta.— Você tem algum plano além de pular no barranco? – Pergunto, mantendo minha voz firme.— Claro que tenho, gracinha. Vamos correr pela floresta como nunca viu antes. — Ele sorri, exibindo confiança. — Agora, ou vem ou fica para trás.A decisão pesa sobre meus ombros, mas a alternativa de enfrentar a morte iminente parece ainda mais assustadora. Com um suspiro resignado, começo a me mover em direção à ponta do galho, preparando-me para o salto arriscado.Antes que eu pule, seu rosto assume uma express
Último capítulo