O conselho se reuniu em silêncio. Ninguém ousava falar antes dela.
Narelle entrou sem anunciar sua presença. Usava preto da cabeça aos pés, com o símbolo antigo do clã bordado em fios de prata sobre o manto. A loba que todos pensaram ter se curvado à dor agora caminhava como quem já havia vencido.
— A lua voltou a brilhar sobre este trono — disse uma das matriarcas, quando ela passou.
Rhaek estava ali. Em pé. Sem a postura de alfa impenetrável.
Agora, era ele quem apoiava.
Não com palavras — mas com presença.
Com o silêncio dos que não precisam mais dominar para serem respeitados.
Narelle tomou seu lugar no centro da mesa, mas não sentou. Olhou cada rosto presente como quem desafia e acolhe ao mesmo tempo.
— A alcateia não precisa de promessas — começou ela. — Precisa de estrutura. Raízes. Instinto. E eu estou aqui para devolver isso. Não como esposa. Não como sombra. Mas como a loba que sobreviveu a tudo que quiseram me transformar.
O conselho inteiro permaneceu em silêncio por algun