O Conservatório estava mais frio sem Luxor. Embora os corredores mantivessem a mesma rigidez e as estufas funcionassem como sempre, algo invisível havia partido com o menino. Algo que antes sustentava o ar ali dentro.
No norte, onde a sede da alcatéia ainda se erguia entre as árvores antigas, o silêncio era mais denso do que o costume. Rhaek passava horas diante das telas ocultas, revisando padrões psíquicos, coordenadas de escudos mentais, camadas de proteção que agora isolavam Luxor em um espaço que nem Cecília conseguia tocar.
Mas ela tentava.
Na terceira madrugada após a partida do menino, os sensores captaram uma alteração sútil nos campos de frequência. Uma vibração muito antiga, quase instintiva. Era como se uma língua esquecida estivesse tentando sussurrar dentro do selo.
— Ela está rondando — murmurou Rhaek, encarando a tela acesa. — Mas o menino não está desprotegido.
— Mesmo com o vínculo que ainda tem com Kael? — perguntou a agente ao lado.
Rhaek permaneceu em silêncio. Qu