RENZO ALTIERI
Faltavam seis horas para pousarmos em solo brasileiro. Lá embaixo, o mundo seguia seu curso, ignorando completamente a tempestade que eu estava prestes a desencadear. No ar, a tensão era espessa, e mesmo com o silêncio do jatinho, cada fibra do meu corpo estava em prontidão. Marvin, como sempre, fazia seu trabalho com precisão cirúrgica. As contas da Círculo de Ferro já estavam zeradas. Um trabalho limpo. Rápido. Irreversível.
Mas um nome ainda pulsava como um tumor maldito na minha mente.
Caco Menezes.
O desgraçado sumiu do mapa assim que percebeu suas contas vazias. Um rato escorrendo pelo esgoto, como Enzo Bernardi, tentando escapar de um predador que já marcou o fim da caçada. Ele podia correr. Podia se esconder. Mas mais cedo ou mais tarde, todos se cansam de fugir. E quando isso acontecer, eu estarei esperando. Porque a minha raiva não grita. Ela observa. Ela caça em silêncio.
Ele estava fora. Alguém precisaria assumir o comando da Círculo de Ferro. E eu já tinha