CAPÍTULO 62

RENZO ALTIERI

O almoço tinha passado rápido demais para o meu gosto. Sentei-me à mesa, observando minha esposa enquanto ela tentava, com delicadeza, decifrar tudo ao seu redor. Seus olhos percorriam cada detalhe da mansão, demorando-se nos soldados que ela sabia que eu não gostaria de ter ali, mas que eram necessários. Vi o ponto de interrogação surgir no rosto dela, tão puro, tão inocente, enquanto me fitava com aquela mistura de curiosidade e preocupação que sempre me derrubava por dentro.

Havia tantas perguntas naquele olhar que meu coração se apertava. Como dizer a ela tudo o que precisava? Como dizer que sou imortal? Que nosso filho é imortal? Que o homem que ela chamava de pai não é realmente seu pai? Que ela também está destinada a se tornar imortal? E mais, como explicar que toda a nossa vida, do jeito que ela conhecia, estava prestes a se transformar para sempre?

Passei a manhã ao lado dela e do nosso filho, e cada risada, cada sorriso, cada momento de paz era sagrado. Não t
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