Inicio / Romance / REFLORECER RENASCIDA DA DOR / CAPÍTULO 3 LUTA PELA VIDA
CAPÍTULO 3 LUTA PELA VIDA

Luta Pela Vida.

Quando, finalmente, a cirurgia chegou ao fim e Ava foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva, Caleb permaneceu por alguns momentos ao lado do leito.

Ele observou o delicado sistema de fios e tubos que conectavam a jovem.

A máquina da vida! 

Ele fez um juramento silencioso:

Não apenas trataria os ferimentos físicos, mas procuraria ajudar a curar as feridas invisíveis, a reparar a alma que havia sido despedaçada.

 Enquanto deixava a sala, o médico olhava uma última vez para aquele corpo delicado, marcado pelo sofrimento, e em silêncio reiterou seu propósito de que faria tudo ao seu alcance para que aquela mulher pudesse um dia olhar para o espelho e ver não apenas cicatrizes, mas também a força de uma sobrevivente.

 O peso das memórias e a intensidade dos abusos que ela havia suportado pairavam no ar, transformando aquele momento decisivo. 

Caleb sabia que o caminho à frente seria longo e árduo, mas a determinação em salvar Ava e, por extensão, seu bebê, era mais forte do que qualquer obstáculo.

Assim, com o coração apertado e os olhos cheios de uma promessa de uma justiça silenciosa, ele saiu do centro cirúrgico, preparado para enfrentar os desafios que ainda viriam, na esperança de que a escuridão pudesse dar lugar à luz, mesmo que de forma tênue e gradual.

Ele sabia das dificuldades no tratamento. Mas ele apostava em Ava e, por extensão, seu bebê, e isso era mais forte do que qualquer obstáculo.

Preparado para enfrentar os desafios que ainda viriam, na esperança de que a escuridão pudesse dar lugar 

 luz, mesmo que de forma tênue e gradual.

Os médicos visitavam seu quarto diariamente. A cada dia, relatavam sua luta silenciosa para sobreviver. 

Os cortes cicatrizavam, mas o corpo ainda não respondia.

 Dr. Caleb, olhou para a enfermeira Fabiana, balbuciando:

— Ela é incrível. Não sei como está resistindo.

Ele admirava a resistência que aquela jovem mulher demostrava, sua força vital era tremenda e apesar dos cortes, ferimentos e hematomas ela tinha traços perfeitos, delicados, 

Ele estava admirado e encantado com aquela jovem, sempre que possível estava na UTI para conferir se tudo ia bem, ela precisaria de muita energia para os próximos meses.

A enfermeira Fabiana seguravam a mão de Ava, como se pudessem transmitir esperança através do toque. 

Ava estava ali, presa entre o mundo dos vivos e o vácuo do coma.

A luz branca e intensa do hospital contrastava com a escuridão em que Ava havia mergulhado. 

Sons distantes ecoavam em sua inconsciência, vozes murmuradas, o apito rítmico de máquinas que monitoravam sua vida frágil. 

Seu corpo paralizado sobre a cama de UTI, cercado por fios e tubos que pareciam uma rede que a prendia entre a vida e a morte.

A equipe médica trabalhava incansavelmente.

O impacto do acidente havia deixado múltiplas fraturas, contusões internas e um traumatismo craniano que a mantinha em coma. 

 A cada dia, os médicos avaliavam suas chances de sobrevivência, mas os prognósticos eram incertos.

Matilde, sua tia, estava sempre ali, sentada ao lado da cama, segurando sua mão gelada. 

 O quarto cheirava a antisséptico, um aroma que sempre lhe causava náuseas, mas que agora representava a esperança de que sua sobrinha despertasse.

Os dias se arrastavam. A cada novo amanhecer, a equipe hospitalar trocava os curativos, monitorava seus sinais vitais e murmurava palavras de incentivo, como se Ava pudesse ouvi-los.

As enfermeiras ajeitavam seu cabelo, massageavam suas pernas para evitar atrofias, trocavam lençóis e murmuravam preces baixas.

 E no lado de fora, 

Taylor foi enterrado sem cerimônias.

Nenhuma lágrima sincera foi derramada por ele. Seus pais, distantes e indiferentes, fizeram apenas o mínimo necessário para que fosse sepultado. 

 A cidade inteira comentava o acidente, mas poucos se atreviam a sentir pena. 

Muitos sabiam, ainda que em sussurros, dos horrores que Ava vivera ao lado dele.

Taylor jazia sob a terra fria, enterrado sem a presença de sua esposa.

O tempo no hospital era medido em batimentos, em exames, em trocas de turno. 

Matilde conversava com os médicos todos os dias, implorando por boas notícias. Seu rosto se marcava com linhas de preocupação, seus olhos traziam a sombra da exaustão.

Uma noite, quando a chuva voltava a açoitar as janelas do hospital, Caleb entrou no quarto com passos cuidadosos. Matilde ergueu o olhar cansado.

 — Doutor, ela vai acordar? Sua voz era um fio de esperança misturado ao medo.

 Dr. Caleb suspirou.

— A pressão no cérebro dela está estabilizando. O corpo tem reagido bem ao tratamento, mas ainda não podemos prever quando ou se ela acordará. Seu estado é crítico, mas Ava é forte.

Matilde apertou ainda mais a mão fria da sobrinha.

— Ela sempre foi. Ela vai voltar para nós. Sussurrou, como uma promessa.

Caleb concorda com um aceno, ele espera muito que isso aconteça. Ele está fascinado pela jovem que parece dormir naquela cama de hospital.

 Os dias se transformaram em semanas. Ava, perdida em sua inconsciência, flutuava entre lembranças e sombras.

Ecos de sua vida passada a assombravam. O som da voz de Taylor, seus olhos cheios de cólera, o gosto do sangue, a dor.

Eram imagens que habitavam sua mente de tempos em tempos, traz

endo um sentimento de dor tão forte que ela se sente confortável na escuridão em que se encontra.

Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP

Capítulos relacionados

Último capítulo

Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP